Após cerca de três semanas de preparação, o Tupi irá estrear no Módulo II do Campeonato Mineiro neste sábado (4), às 15h30, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, contra o Betim. O clube ainda trabalha com a regularização dos jogadores. Até a tarde desta quinta-feira (2), 18 atletas tiveram seus nomes publicados no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Os ingressos estão sendo comercializados por R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia. Eles podem ser adquiridos antecipadamente na sede social do clube (Rua José Calil Ahouagi 332, Centro) ou nos estabelecimentos Zé Kodak, Banca do Sérgio, Casa Orion, Loja Fanáticos e Orthopride. Haverá, também, venda na bilheteria do Estádio Municipal, no dia do jogo, a partir de 14h30.
Como chega o Tupi?
O Tupi teve um início de ano turbulento. Antes mesmo de começar os treinamentos, o ex-diretor Bejani Jr. e o técnico Igor Guerra deixaram o clube. Contratado logo depois, o treinador Cyro Leães também saiu com o gerente de futebol Marcelo Fidelis. Posteriormente, o diretor de marketing, Jefferson Vitor, também anunciou seu desligamento.
Dessa forma, restaram o presidente Eloísio Pereira, o “Tiquinho”, e o vice-presidente, Bruno Teutschbein. A três semanas do início da competição, eles acertaram com um terceiro treinador, Franco Muller, e com o supervisor de futebol, Pitti, que acumula diversas passagens pelo clube.
Nas últimas duas semanas, o Alvinegro de Santa Terezinha fez dois amistosos em Juiz de Fora e venceu ambos por 1 a 0, contra o sub-20 do Uberabinha e o Resende.
Caso todos os jogadores estejam regularizados para a estreia, o técnico Franco Muller deve mandar o time a campo com Márcio; Ronaldo, Matheus Reis, Roger e Ronaldo; Gean Carlo, Kassinho, Allan e Índio; Pedrinho e Fabinho Ayres.
’11 pais de família, é guerra’
O zagueiro Matheus Reis, de 26 anos, é um dos líderes do elenco. Ele esteve no Tupi em 2022 e retornou nesta temporada após disputar o campeonato paraibano pelo Campinense. Sua visão é de que as condições esse ano estão melhores. “A diretoria está se esforçando, e isso dá esperança, porque, dentro de campo, as coisas desenvolvem melhor. Já deu para ver que dentro das posições cada um tem sua qualidade. O grupo está treinando há menos de um mês, mas as peças ainda estão se encaixando”.
Sobre o Betim, adversário da estreia e que bateu na trave para conseguir o acesso para o Módulo I nos últimos anos, Matheus reconhece o poder da equipe, mas afirma que o Tupi não abaixará a cabeça. “Eles podem ter quase subido ano passado, ter mais investimento, mas dentro de campo é 11 contra 11, são pais de família. É ir para a guerra mesmo. A gente quer uma equipe que tenha uma cara, pode ser jogando no contra-ataque, sabendo sofrer. Mas pode ter certeza que não vai faltar raça, a gente se cobra muito”.
Questionado se o único pensamento do Tupi é o acesso, o zagueiro prega cautela. “É um passo de cada vez. Costumo a pensar jogo por jogo. A gente sabe que o campeonato tem grandes equipes. A confiança é importante, mas o pé no chão é mais ainda. Para concretizar esse maior objetivo, o xerife opina que a torcida pode ser um diferencial. “Abraçaram muito quando estive aqui, foi um dos times que mais me senti à vontade para jogar. É o diferencial do clube, não tem coisa melhor do que a torcida estar junto”, elogia.
Ações dos torcedores
Reestruturada neste ano, a Associação Amigos do Tupi (AAT) planeja várias ações para a estreia do clube. Nesta sexta (3), os torcedores irão se reunir no Calçadão da Rua Halfeld para fazer panfletagem com a tabela. Lá, estará presente o Galo, mascote da agremiação. “O objetivo é aproximar o Tupi da cidade, alcançar aqueles que ainda não são torcedores ou aqueles que se perderam no meio do caminho”, explica o presidente da Associação, Levi Costa.
Já no sábado, a AAT estará dando apoio à venda de ingressos na entrada do estádio. Mais ações serão organizadas durante o certame, explica Levi. “Nosso foco é apoiar no Módulo II do Campeonato Mineiro, para que o clube consiga o acesso. Para depois do campeonato, é trabalhar para a reconstrução do clube, com reaproximação com a cidade e com o empresariado. Vale destacar que a AAT é uma associação independente, ou seja, não participamos da diretoria. Vamos caminhar ao lado do clube, mas com independência. Nosso compromisso é com a instituição”, frisa.