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Mesmo com permuta, Tupi deverá buscar patrocínios para atingir valor do novo CT

esp Tupi Fernando Priamo destacada
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Ao contrário das informações projetadas pelo Tupi nas primeiras entrevistas sobre a proposta de permuta do Estádio Salles Oliveira, no Bairro Santa Terezinha, para a construção de um novo centro de treinamento (CT) nos bairros Grama ou Barreira do Triunfo, em parceria com a Construtora Rezende Roriz, o campo carijó deverá ser avaliado em quantia inferior às novas instalações do clube, se o contrato for assinado. Os primeiros estudos da empresa que conversa com o Galo estimam que o novo CT carijó seria cotado de R$ 17 milhões a R$ 18 milhões, enquanto o Salles, conforme o presidente alvinegro José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, teria valor analisado entre R$ 11 milhões e R$ 13 milhões.

As informações foram confirmadas à Tribuna nessa sexta-feira (31), tanto pelo diretor de incorporação da Construtora Rezende Roriz, Marcus Vinícius Rezende, quanto pelo mandatário do Tupi. Os valores, no entanto, ainda não são oficiais. Segundo Marcus Vinícius Rezende, clube e empresa trabalham para chegar a um consenso quanto à avaliação do Salles Oliveira. Para o cálculo, são necessários três peritos: um contratado pelo clube alvinegro, um pela construtora e um neutro, sem ligação direta com as duas partes. O mesmo procedimento será realizado no local pretendido para ser o futuro centro de treinamento carijó.

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Estádio Salles Oliveira é estimado, antes de perícia, entre R$11 milhões e R$13 milhões (Foto: Fernando Priamo)

Além da construção do novo CT com estádio do clube, o projeto de parceria ainda deverá incluir a arrecadação de cerca de R$ 1 milhão – número mencionado por Juninho – para abater as dívidas trabalhistas remanescentes do clube. A aprovação da permuta já foi aprovada em primeira votação pelo Conselho Deliberativo do Alvinegro, restando, ainda, a apreciação do Conselho Consultivo, agendada para a próxima quinta-feira (6) – o último estágio para a assinatura do contrato e o consequente início da operação.

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Logo, à diferença de valores, será somada também a dívida trabalhista do Tupi, elemento de preocupação do torcedor e da diretoria, por poder resultar em penhoras de bens do clube no futuro. Inicialmente, o pagamento das dívidas será pela construtora, de modo a viabilizar o início das obras do novo espaço esportivo alvinegro. No entanto, aliado ao andamento destas instalações, Tupi e Rezende Roriz buscarão patrocínios para cobrir a quantia investida pela construtora sem onerar o caixa do Galo Carijó. “A equipe de marketing da empresa está ajudando a equipe do Tupi para montar um programa de captação de patrocínio para ajudar a finalizar a discrepância”, afirma Marcus Rezende.

Valorização futura

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De acordo com o diretor da construtora, experiências anteriores da empresa na construção de estádios como o Mineirão e o Maracanã sugerem que a nova estrutura do Tupi poderá valer, após o término das obras, em torno de R$ 35 milhões, aproximadamente o dobro do que está cotado inicialmente. Isso porque, conforme a construtora, as obras estariam sendo disponibilizadas a “preço de custo” para viabilizar a operação de permuta.

O procedimento foi confirmado pelo presidente do Tupi, ressaltando a preocupação com a possibilidade das dívidas trabalhistas levarem às perdas de bens do clube. “Nós vamos quitar todas as dívidas trabalhistas do Tupi. Eu quero pagar todas as dívidas para não causar problema futuro. Amanhã, poderia até mesmo causar uma penhora em cima do novo CT”, afirma.

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