Uma das datas mais importantes para o comércio, a Black Friday acontece nesta sexta-feira (24) com a promessa de oferecer promoções em diversos setores. Em Juiz de Fora, a expectativa é de que a data gere um aumento no faturamento dos lojistas, de acordo com o Sindcomércio. A Black Friday é uma das datas mais aguardadas pelos consumidores no Brasil. Segundo o Sindcomércio de Minas Gerais, 53% planejam compras, especialmente roupas, eletrônicos e telefonia.
“Nossa expectativa é a melhor possível, visto que neste sábado com o horário expandido fará o comércio de rua também participar desse período de promoções que as lojas poderão fazer”, acredita o presidente do Sindicomércio, Emerson Belotti. A Tribuna circulou pelas ruas do Centro na manhã desta sexta, e conversou com consumidores que avaliaram as promoções.
Fátima Regina Barros, 69, aproveitou a data para comprar uma televisão, já que a sua antiga havia queimado. Ao longo do último mês, ela e seu esposo monitoraram os preços dos modelos preferidos em mais de uma loja para conferir qual seria mais vantajosa. Hoje, a consumidora conseguiu comprar o produto com quase 900 reais de desconto. “Comprei com uma polegada menor dessa vez para ver se gosto da marca e, se eu gostar, aproveito a Black Friday do ano que vem para comprar uma maior.” Fátima diz que tem o costume de aproveitar a data para comprar produtos mais em conta. “No geral, não achei os preços tão em conta não, mas a TV estava com um valor muito bom. Tem que comparar para fazer uma boa compra.”
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Preferência por compras em lojas físicas
O casal Amanda Ramos, 35, e Alfredo Júnior, 39, estava à procura de uma máquina de lavar e de uma televisão. Para eles, os preços oferecidos não compensavam. “Meu namorado veio na mesma loja 30 dias atrás e o valor da máquina de lavar estava mais barato do que hoje, por incrível que pareça.” Ela disse que mesmo assim fará a compra, pois tem medo do preço aumentar depois. Alfredo não fez nenhuma pesquisa antes de efetuar a compra, enquanto Amanda monitorou os preços por sites. Segundo a consumidora, o valor na Internet está mais barato, porém, não compensa com a inclusão do frete. “Também prefiro olhar o produto pessoalmente, trocar ideias com o vendedor, tem uma diferença do on-line.” Na semana passada, ela comprou cama e guarda-roupa e não notou diferença para os preços de hoje.
O estudo do Sindcomércio destacou que, em relação ao comportamento de compra, 25,8% dos consumidores compraram em lojas físicas no ano passado, com roupas, calçados e acessórios sendo os mais procurados, seguidos por eletrodomésticos. O gerente regional de uma loja de eletrodomésticos em Juiz de Fora, Luis Carlos Donadele, aposta que as vendas serão dez vezes maiores nesta sexta do que em um dia normal. “O preço está muito equiparado com o do site, e o que atrai é o calor humano do atendimento, o vendedor explicar os produtos para o cliente e enquadrar no perfil que ele está procurando, isso faz diferença.” Para a loja em que trabalha, essa é a data do ano que mais vende, por isso, eles investiram em promoções no mês inteiro.
A estratégia pode ser uma boa, uma vez que a pesquisa do Sindcomércio também apontou que 56,4% do público pode comprar itens não planejados se houver descontos atrativos, com ênfase em melhores preços, facilidade de pagamento, variedade de marcas e produtos e atendimento de qualidade. Porém, quase metade dos consumidores acredita que a Black Friday não oferece descontos reais. Esse é o caso de um motorista de uber, que preferiu não ser identificado. Para ele, os preços não fazem jus à proposta e não estão abaixo do esperado.