A divulgação dos vencedores do 43º Concurso Nacional de Produtos Lácteos marcou o encerramento da edição 2017 do Minas Láctea, o maior evento laticinista da América Latina realizado pela Epamig – Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ver quadro). Este ano, o evento reuniu cerca de onze mil pessoas nos três dias de realização. A expectativa é que a prospecção em negócios tenha atingido a cifra de R$ 200 milhões. A feira voltou ao seu formato completo e termina com a possibilidade de retomar a sua realização anual, se houver acordo entre a direção da Epamig e o empresariado. Durante o evento, foi anunciado investimento de R$ 2 milhões na revitalização do instituto.
Para o chefe geral da Epamig – ILCT, Cláudio Furtado Soares, o evento conseguiu reunir os elos da cadeia de lácteos para debater avanços de qualidade para o setor. “Realizamos reuniões estratégicas entre Governo, academia e indústria – os três principais agentes que formam a base para o desenvolvimento. Cumprimos nossa missão de criar ambiente propício à inovação e ao crescimento da indústria no Brasil.” Pelas contas do coordenador da Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq), Antônio Nunes, a expectativa inicial foi alcançada. “Levantamento com os expositores indicam a expectativa de R$ 200 milhões entre negócios realizados e prospectados durante o Minas Láctea.”
Um total de 62 empresas de várias partes do país participaram, com mais de 200 produtos, do concurso. O corpo de jurados formado por 31 especialistas, dentre profissionais de universidades, indústrias e serviços de inspeção, avaliam aspectos como cor, textura, odor, aroma, sabor e consistência. Os produtos foram divididos em onze categorias, incluindo vários tipos de queijo, doce de leite, requeijão e destaque especial. Só na categoria destaque especial 17 itens estavam na disputa. O coordenador do concurso, Fernando Magalhães, destacou o número recorde de inscritos, a preocupação dos laticínios com a qualidade dos produtos apresentados, a tradição do concurso e o reconhecimento do mercado aos itens melhor classificados.
Com o tema “A indústria de laticínios na era das startups”, o 31º Congresso Nacional de Laticínios reuniu especialistas do país e do exterior em 20 palestras que promoveram o debate acerca de novas tecnologias. Na programação da Semana do Laticinista, foram oferecidos oito minicursos, ministrados por especialistas em pesquisa e tecnologias em leite e derivados. A qualidade do leite para abertura de novos mercados integrou a pauta dos eventos especiais, realizados em conjunto com entidades parceiras. Entre eles, o “Encontro técnico sobre qualidade intrínseca do leite”, o “Seminário Brasil-Itália”, o “Seminário latino-americano: 3º Inovalácteos” e a “Certificação para Exportação para os EUA”.