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Flexibilidade na hospedagem: entenda o que são o ‘early check-in’ e o ‘late check-out’

pexels hospedagem
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Já ouviu falar dos termos “early check-in” e “late check-out”? Eles referem-se à possibilidade do hóspede entrar mais cedo ou sair mais tarde de um hotel ou pousada. A prática tem sido adotada por alguns estabelecimentos para garantir maior flexibilidade na hospedagem.

Afinal, nem tudo em uma viagem é previsível e, caso você chegue mais cedo ao destino, poder descansar e desfazer as malas um pouco antes do planejado é uma ótima opção. O mesmo vale para o horário de saída. Se um compromisso durar mais que o calculado, saber que o hotel conta com serviço de “late check-out” é um alívio.

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Essa facilidade, no entanto, não é obrigatória aos serviços de hospedagem e a oferta fica a critério do proprietário. Caso esteja disponível, uma taxa de serviço pode ser cobrada para que o horário de entrada ou saída seja modificado. Geralmente, isso acontece nos casos de late check-out, como explica Nilson Neto, diretor do Serviço de Defesa do Consumidor (Sedecon) da Câmara Municipal de Juiz de Fora.

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“Os hotéis, por liberdade, concedem o early check-in ao consumidor quando o quarto já está disponível antes do horário previsto, ou o late check-out quando não houver ocupação no quarto.”

Se for preciso pagar por essa flexibilidade, Nilson afirma que o valor depende das regras do estabelecimento. Caso o pedido seja realizado com até seis horas de antecedência, o estabelecimento pode cobrar a tarifa de balcão, que é o valor padrão que um hotel ou pousada define para seus quartos e serviços. Mas se esse pedido for feito com mais de seis horas de antecedência, o valor cobrado terá como base a diária contratada – que pode ter sido acrescida de algum tipo de desconto. Antes de fazer uma reserva, é fundamental se informar com a agência de viagens ou estabelecimento sobre essas condições.

Como solicitar o serviço?

Existem estabelecimentos que deixam claro que oferecem a possibilidade do “early check-in” e “late check-out”, mas há lugares em que isso não fica tão evidente. A dica é conferir a lotação do local. Em épocas de alta temporada, por exemplo, quando a pousada está cheia, é possível que essa tolerância no tempo de entrada ou saída não seja possível.
Procure pedir o serviço no dia em questão e, se possível, por telefone ou pessoalmente no hotel. Antes, por não ter uma estimativa concreta de como será o movimento no outro dia, muitos atendentes tendem a não informar a possibilidade.

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Definição de check-in e check-out

De acordo com Nilson, não existe uma determinação legal para definição dos horários de check-in e check-out nos estabelecimentos de hospedagem. A definição do preço da diária corresponde ao uso da unidade e seus serviços em um período de 24 horas, compreendido nos horários fixados para entrada e saída de hóspedes. Essa determinação, presente da Lei Geral do Turismo, apenas estabelece o período que compreende uma diária, mas não trata de horários fixados para o início e o fim dela.

Nilson ainda aponta que uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que os estabelecimentos estão livres para reduzir a diária em até duas horas sem ferir os direitos do consumidor. “Uma vez que esse seria o tempo necessário para o estabelecimento realizar a limpeza e higienização dos aposentos. O STJ ponderou ainda, que o hóspede não sai no prejuízo por conta disso, porque, durante o período de duas horas, poderá utilizar o restaurante, guardar bagagens, salão do hotel e banheiros.”

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