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Aumento dos casos de dengue impulsiona venda de repelentes e inseticidas

repelente leonardo costa
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O Brasil já ultrapassou meio milhão de casos prováveis de dengue, conforme aponta o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. Em números absolutos, Minas Gerais lidera o ranking dos estados com mais casos, eram 177.552 até esta quarta-feira (15).

O crescimento da doença, somado às altas temperaturas do verão, que colabora para a proliferação do mosquito transmissor, impulsiona também a venda de repelentes e inseticidas.
Esse cenário começou a ser observado no ano passado, conforme apontou estudo da Kantar, empresa de dados e consultoria, e deve persistir ao longo dos primeiros meses de 2024.

O levantamento mostrou o avanço da penetração da categoria nos lares e o crescimento de vendas no atacarejo. No último ano, a venda de repelentes cresceu 15% em relação a 2022. No caso dos inseticidas, esse aumento foi de 2,5%. Já o aumento do volume de repelentes consumidos foi da ordem de 27%. A maior concentração desse consumo é na classe AB, representando 27% da população e 34% das unidades compradas. A cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana foram responsáveis por 12% dos repelentes adquiridos nacionalmente.

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Maior número em cinco anos

O estudo da Kantar ainda mostrou que a venda de inseticidas em 2023 atingiu o maior número em cinco anos, chegando a 131,8 milhões de unidades, 11% a mais do que em 2018. A maior concentração de consumo ficou nas regiões Norte e Nordeste. De acordo com o levantamento, 77% da população faz uso de algum tipo de inseticida, o que representa mais de 45 milhões de lares brasileiros.

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Em comparação ao verão de 2020, os meses mais quentes de 2023 apresentaram crescimento de 9% nas vendas de repelentes e 48% na venda de inseticidas. “Com o fenômeno El Niño prometendo temperaturas acima da média neste verão e o recente salto dos casos de dengue no Brasil, a expectativa é de que esses mercados sigam crescendo”, afirmou a Kantar.

Procon-SP acompanha preços

Com a alta procura, o Procon-SP já se manifestou e disse que vai acompanhar a oferta dos produtos nos próximos meses para evitar a prática de preços abusivos. Em São Paulo, onde foi confirmado um óbito em decorrência da dengue, o órgão emitiu nota afirmando que serão feitas pesquisas de preços em itens, como repelentes contra inseto, bem como o acompanhamento de ofertas de produtos e serviços, especialmente planos de saúde, que possam induzir o consumidor a erro ou que sejam caracterizados como abusivos, em relação ao Código de Defesa do Consumidor.

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“A área de estudos e pesquisas do Procon-SP já foi demandada para estruturar a metodologia de pesquisa e identificar quais itens devem ser mais procurados pelos consumidores para prevenir ou tratar a dengue. A intenção é que ainda este mês seja possível ter os primeiros dados para divulgar à população”, afirmou em nota.

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