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Como higienizar compras e produtos e se proteger contra o coronavírus

limpeza
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Com boa parte das lojas e de restaurantes fechados, o delivery tem sido a alternativa para suprir as necessidades de consumo em tempos de pandemia. E muitas são as dúvidas em relação à higienização de produtos que são entregues em nossas casas via Correios ou por motoboys, que trabalham, inclusive, com entregas por meio de aplicativos. Por isso, a Tribuna esclarece quais devem ser as condutas corretas de higiene após receber os produtos adquiridos por delivery. Outra orientação é sobre como se comportar após ir ao mercado, realizando a desinfecção das embalagens e alimentos in natura como frutas, legumes e verduras.

Segundo notícia divulgada no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março, logo no início da pandemia, não há evidência de transmissão do coronavírus por alimentos. Mas, conforme ressalta a nutricionista, professora doutora em Ciência dos Alimentos e coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Céphora Maria Sabarense, outras enfermidades podem ser transmitidas por eles. Logo, é importante que se faça a higienização correta antes do consumo.

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“Os alimentos a serem consumidos crus devem ser submetidos ao processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial. Os produtos utilizados na higienização dos alimentos devem ser próprios para alimentos. A diluição, o tempo de contato e o modo de uso/aplicação dos produtos saneantes devem obedecer as instruções recomendadas pelo fabricante, que podem ser encontrada no rótulo. Não utilize água sanitária comum. Em geral, a concentração não é própria para a higienização dos alimentos, e, além disso, poderão conter aromas que interferirão no sabor e no cheiro dos alimentos”, ressalta.

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Ela aponta, ainda, que o vinagre não elimina os micro-organismos, por não ter ação bactericida. “Alimentos que serão descasados, como banana, laranja, mamão, abacaxi, etc., também deverão ser lavados com água e sabão antes do consumo. A manipulação da casca suja poderá transmitir para os alimentos as sujidades e micro-organismos ali presentes”, revela.

Foque em sacolas reutilizáveis

Um costume muito comum antes da pandemia era o armazenamento de sacolas plásticas e de papel para reutilização. Contudo, a recomendação neste momento é que essa prática seja suspensa. A especialista recomenda que as pessoas façam uso, preferencialmente, das bolsas reutilizáveis, que podem ser lavadas e, consequentemente, produzem menos lixo.

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“As bolsas reutilizáveis ou bolsas ecológicas devem ser lavadas com hipoclorito de sódio a 0,5%, a mesma concentração para a limpeza de superfícies, e colocadas para secar em local arejado. Elas devem ser guardadas secas”, orienta Céphora.

A professora lembra que, conforme a Anvisa, por meio da Nota Técnica nº 26/2020 – que trata das recomendações sobre produtos saneantes que possam substituir o álcool 70% na desinfecção de superfícies, durante a pandemia da Covid-19 -, a concentração de hipoclorito de sódio a 0,5% pode ser obtida pela mistura dos desinfetantes com água, nas seguintes proporções: uma xícara de chá (250 ml) de água sanitária diluída em um litro de água; ou alvejante comum, diluindo um copo americano (200 ml) de alvejante em um litro de água.

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Orientações
Práticas de higienização

– Como higienizar produtos entregue via Correios ou por motoboys?

Ao recebermos produtos em casa, devemos higienizá-lo, preferencialmente, fora do local onde serão consumidos ou armazenados. Pode ser na varanda ou na área de serviço, caso a residência possua. Não tendo este tipo de espaço, use como apoio superfícies de mesas ou bancadas de pias que sejam facilmente higienizáveis, tais como vidro, pedras, mármores ou inoxidável. Evite superfícies em madeira.

– Quais saneantes podem ser usados?

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A higienização deve ser feita ainda na embalagem original, descartando as embalagens de transporte, como sacos plásticos, sacos de papel e caixas de papelão. Caso seja possível lavar o produto, a melhor opção é usar água e detergente ou sabão em barra. Se a embalagem não for impermeável, use álcool 70%. Também podem ser usados alvejantes contendo hipoclorito de sódio diluído com a mesma concentração para limpeza de superfícies. Vale lembrar que o hipoclorito pode causar alergias ou queimaduras quando concentrado, assim sendo, use luvas de látex, exclusivas para a limpeza de alimentos.

– No caso dos alimentos entregues por delivery, como deve ser a higienização?

Ao receber os alimentos, coloque-os num local diferente de onde serão consumidos, abra as embalagens, lave as mãos e retire os alimentos, transferindo-os para os utensílios onde serão consumidos ou armazenados. Elimine as embalagens de transporte, lave a superfície onde foram colocados ao serem entregues e lave novamente as mãos antes de consumi-los.

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– Ao chegar do supermercado, qual procedimento deve ser realizado?

Retire os sapatos e coloque as compras em uma bancada ou dentro da pia ao chegar em casa. Higienize as mãos, lavando-as com água e sabonete. Tome banho e troque de roupa, de preferência, antes de higienizar os produtos. Após esta etapa, lave ou limpe as embalagens, enxague e seque-os, lembrando de colocá-los em outro local, diferente de onde foram deixados ao chegar em casa.

– Como limpar as superfícies dentro de casa, como chão, bancadas, madeira, mármore e granito?

A limpeza deve ser feita com água e sabão, e a desinfecção com hipoclorito, com enxague e secagem. Se a bancada for de madeira, use uma cobertura plástica ou outro material lavável para não correr o risco de resíduos infectarem a superfíci. Lembre-se de que o hipoclorito poderá manchar a bancada. Os demais materiais devem ser lavados com água e sabão ou detergente, e desinfetados com a solução de hipoclorito, deixando agir de 5 a 10 minutos. Em seguida, retire o excesso com rodo de pia e enxague.

– Quais outros hábitos de higiene precisamos reforçar?

A limpeza das mãos é uma das estratégias mais efetivas para reduzir o risco de transmissão do coronavírus. Lembre-se que as mãos devem ser lavadas com frequência e, principalmente, depois de tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz; coçar os olhos ou tocar na boca; preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas; manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos; e ir ao sanitário. Deve-se atentar também à higiene pessoal com as roupas, sapatos e a máscara.

Fonte: Céphora Maria Sabarense, nutricionista, professora doutora em Ciência dos Alimentos e coordenadora do Curso de Nutrição da UFJF

Aplicativos de entrega reforçam medidas de segurança

Desde o começo da pandemia, os aplicativos de entrega de refeições têm reforçado as medidas de segurança para minimizar os riscos de contágio. A Uber Eats, por exemplo, lançou a entrega “sem contato”, oferecendo aos usuários uma opção sem interação com o entregador, como deixar o pedido na portaria do prédio ou na calçada. Além disso, a empresa vem fornecendo orientações aos restaurantes parceiros para garantir que todos os pedidos sejam adequadamente lacrados em embalagens invioláveis.

O iFood também tem disponibilizado a opção de entregas com menor contato, e as mesmas podem ser combinadas com o entregador via chat dentro do app. A empresa também tem orientado aos clientes a lavagem as mãos após receber e desembalar o pedido, e reforçado o pagamento digital pelo aplicativo, evitando usar dinheiro ou a maquininha de cartão.

Essas mesmas medidas estão sendo adotadas pelos aplicativos Rappi e Robin Food e, em suas redes sociais, são compartilhadas as medidas de higienização corretas.

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