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Desfile das escolas de samba de Juiz de Fora é transferido para Barbosa Lage

desfile do carnaval de Juiz de Fora acontece no Barbosa lage
Em 2025, desfile vai ser tranferido da Avenida Brasil para a Avenida Garcia Rodrigues Paes, no Bairro Barbosa Lage(Foto: Google Maps/ Reprodução)
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O desfile das escolas de samba de Juiz de Fora foi transferido para o Bairro Barbosa Lage. O trecho da Avenida Garcia Rodrigues Paes foi escolhido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para sediar a passagem das agremiações juiz-foranas. A ideia é que o espaço possibilite usar áreas maiores para praça de alimentação, posto médico, concentração e dispersão das escolas de samba e suas alegorias. Já o desvio será feito em paralelo à avenida, na rua Antônio Guimarães Peralva.

De acordo com a Funalfa, o motivo principal da decisão de sair da Avenida Brasil, onde o desfile aconteceu nos últimos anos, vem da compreensão que ocorreram muitos transtornos e impactos negativos ocasionados pela interdição parcial e total do trânsito durante o período necessário para montagem e desmontagem das estruturas do evento. A descentralização do evento, então, passou a ser uma alternativa viável. “Isso pode ser aferido por diversos estudos técnicos da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Secretaria de Meio Ambiente e Atividades Urbanas. Também os veículos de comunicação e as redes sociais da Prefeitura tiveram notícia de muitas reclamações por parte da população em geral”, afirmaram, através de nota.

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Quando avaliada a execução dos desfiles de escolas de samba para o ano de 2025, foi feito estudo pelo órgão e o trecho da Avenida Garcia Rodrigues Paes foi escolhido. A decisão foi pautada por ser possível colocar a mesma estrutura usada neste ano. “Com uma estrutura mais bem equipada, que poderá ser montada com segurança e sem impacto negativo na vida urbana da cidade, tendo condições para que todos que queiram possam participar e assistir aos desfiles, o impacto que teremos é um desfile ainda mais exitoso”, pontua a fundação.

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“Foliônibus” para população

A distância do trecho em relação ao Centro da cidade também foi avaliada pela Funalfa. “Para quem mora na Zona Norte, esse acesso vai facilitar bastante, principalmente para quem mora nos bairros do entorno. Para o deslocamento das alegorias, as vias permanecem as mesmas, somente sendo necessário seguir mais adiante e aumentar o percurso para algumas escolas e diminuir para outras”, afirmam.

Além disso, para os integrantes e para o público em geral serão disponibilizadas linhas de ônibus especiais, que serão chamadas de “foliônibus” e que serão tratadas tecnicamente com a concessionária responsável pelo transporte público em Juiz de Fora.

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Funalfa afirmou, em nota, que mudança foi feita respeitando todas as demandas técnicas dos diversos trabalhadores do carnaval (Foto: Leonardo Costa)

Liga e carnavalescos ainda discutem decisão sobre desfile

A Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf) ainda está discutindo a questão da mudança de local com todos os grupos de escola de samba, que ainda não entraram em acordo sobre a decisão. Uma das principais queixas é justamente da lonjura do local. Em relação a isso, a Funalfa destacou que a distância do Centro foi justamente o ponto de partida da revisão, já que esse bairro tem o maior volume do trânsito na cidade, e recebe também boa parte do fluxo de quem vem para cidade, “não comportando mais um evento cuja a montagem e desmontagem das estruturas se estende por vários dias”.

Também foi apurado pela Tribuna que está sendo enviado um abaixo-assinado contra a mudança em grupos de WhatsApp, e que reuniões estão sendo feitas pelos carnavalescos para se posicionar sobre o assunto. Sobre isso, a Funalfa afirmou que não tem notícia oficial de nenhum abaixo-assinado e a mudança foi feita respeitando todas as demandas técnicas dos diversos trabalhadores do setor, os que se apresentam na Passarela do Samba, os servidores e técnicos das diversas secretarias municipais e também as produtoras que nos últimos anos foram contratadas para a execução da montagem e da desmontagem das estruturas. “Ao ser apresentada para Liga das Escolas de Samba, que é a instância representativa de todas as escolas, a mudança foi compreendida e acolhida pela diretoria, sendo poucos os presidentes que se manifestaram contra pelo que tivemos de retorno”, contaram, em nota.

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