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Isabel Salomão de Campos: ‘Nós vivemos em dois mundos’

Isabel Salomao de Campos Foto Fernando Priamo

Isabel Salomão (Foto: Fernando Priamo / Arquivo TM)

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Para dona Isabel, o que mais marcou sua caminhada foi perceber a beleza com que o mundo dos espíritos trabalham em benefício da humanidade. (Foto: Fernando Priamo/Divulgação)
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Aos 95 anos, Isabel Salomão de Campos leva sua vida pacata ao lado d’A Casa do Caminho que ajudou a erguer. Literalmente. Como narra “Os dois mundos de Isabel”, a mulher carregou latas de água na cabeça para ajudar na construção. O tempo todo esteve envolvida nas atividades do local. E também amparada pelo plano espiritual com o qual se comunica desde menina. “A vida não começa no berço, nem termina no túmulo. O progresso continua se fazendo. Nós vivemos em dois mundos, embora nem todos sejam espíritas”, defende, em entrevista por WhatsApp a mulher de voz grave e firme que sorri entre as palavras. “Nos preparemos hoje para que nosso futuro seja sempre melhor. Nós construímos a nossa felicidade e não podemos culpar ninguém se estamos sofrendo”, sugere, para logo indicar outro importante exercício: “Agradeçamos a Deus, a benção da felicidade que Ele nos permitiu conquistar.”

Leia trecho do livro “Os dois mundos de Isabel”

Tribuna – Como se sente tendo sua trajetória revisada em livro?
Isabel Salomão de Campos – Eu me sinto feliz, porque a palavra o tempo apaga, e o livro ficará guardado para sempre. É cultura, esclarecimento e pode ajudar muita gente, principalmente aquelas que têm vontade de progredir, de entender a vida. Sou grata.

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Dessa caminhada, o que mais marcou a senhora?
A beleza do mundo dos espíritos, como os espíritos trabalham em benefício da humanidade, das pessoas reencarnadas, das almas que retornam à escola da Terra. É uma beleza o mundo dos espíritos em contato conosco. É uma pena que a cultura do nosso mundo não cuide disso. Mas ainda há tempo. Deus é nosso pai.

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Como foi o processo de entrevista para apuração do livro?
Sempre encantador o trabalho do profissional que gosta do que faz. Sempre fui feliz e me dou muito bem com o campo da comunicação. Agradeço a atenção de todos os que me deram a oportunidade de falar a minha vida dentro do campo da mediunidade, com Jesus e Kardec. Graças a Deus!

Como foi voltar no tempo da fazenda em Guarará e em outros momentos de seu passado?
Prezados irmãos que vão ler nossa mensagem: é uma felicidade recordar o passado de aprendizado com a mensagem de Deus, que nasceu na manjedoura. Eu me sinto feliz, agradecida pela minha infância, pela minha mocidade, sempre resguardada pelos mentores espirituais. Acredito que a felicidade que está na mina alma é justamente a de ter essa certeza de que sou filha de Deus, como todas as criaturas. É preciso que entendamos isso e cuidemos dessa cultura, da nossa filiação divina. Obrigada, meu Deus!

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Sua vida e seu trabalho mediúnico e social se fundem, e a Daniela chega a dizer que em determinadas passagens a senhora conta da sua vida falando dos atendimentos. Hoje, aos 95 anos, consegue separar essas trajetórias ou de fato está tudo fundido? Esses seus dois mundos coexistem todo o tempo?
Esses dois mundos se confundem. O que nos esclarece é o estudo e a cultura da doutrina dos espíritos. Aí a gente consegue separar. Mas, na realidade, nós, que povoamos o planeta Terra, estamos sempre assistidos pelos amigos que já residem na pátria espiritual. Todos nós recebemos amparo, de acordo com nosso progresso. Semelhante atrai semelhante. A doutrina espírita nos educa para que tenhamos sempre companhias de espíritos do bem, porque não existe milagre. Existe trabalho e progresso. Felicidade é consequência. Desde meus 9 anos que os espíritos convivem comigo. Sempre falaram comigo, mas eu não sabia que eram espíritos e chamava de coisas. Com a doutrina espírita na minha alma, entendi que não eram coisas, mas espíritos cujo corpo físico havia falecido. O espírito continua vivendo. Tem vida eterna e continua se comunicando conosco. Precisamos entender isto, porque assim a vida realmente se torna bela.

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