Eu temi pela vida da onça.
Gente da cidade não suporta a presença da vida selvagem. Se sente ameaçada pela liberdade que ela representa. É assim que alguns entendem o preceito bíblico de “encham e subjuguem a terra”.
Foi preciso correr para capturar o animal antes que ela fosse atacada, porque, atacar alguém, aparentemente não estava nos planos dela. No máximo, matar algumas galinhas, que é o que todos fazem quando estão com fome.
Nosso passado recente registra situação de risco para bestas selvagens aqui em Juiz de Fora.
Teve o vereador caçador de jacus e capivaras.
E teve um psicopata que passou dias treinando num clube de tiro e acabou usando uma faca pra abater sua caça.
Tudo muito esquisito.
Por sorte (da onça) foi fácil a captura. Especialistas espalharam armadilhas e colocaram iscas.
Se botassem essa gente pra pegar o Queiróz já tinham resolvido essa questão, notadamente tão difícil para as autoridades brasileiras. Bastava botar alguns cheques de R$ 2 mil numa gaiola e esperar o bicho cair na arapuca.
Ainda bem que pegaram a onça e a levaram pra bem longe dessa gente perigosa que adotou como expressão de grupo ostentar arminhas.
Some, dona onça. Se esconde até esse povo voltar pra toca deles.
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