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Funalfa anuncia edital de R$ 40 mil para iniciativas das periferias

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A prefeita Margarida Salomão (PT), o presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, Juraci Scheffer (PT), e a diretora-geral da Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida, durante a formalização do edital “Cultura na quebrada” (Foto: PJF/Divulgação)
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A diretora-geral da Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida, anunciou, nesta terça-feira (13), ao lado da prefeita Margarida Salomão (PT), R$ 40 mil para fomento de iniciativas culturais promovidas pelas periferias de Juiz de Fora. O edital “Cultura na quebrada” contemplará até oito projetos com teto de R$ 5 mil para cada. Entretanto, tanto o edital quanto a ficha de inscrição serão divulgados apenas em maio, sem data definida, uma vez que, conforme a autarquia, o documento ainda não está finalizado. O anúncio se dá em meio à maratona de Margarida junto ao primeiro escalão a fim de divulgar ações dos cem primeiros dias de mandato.

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O “Cultura na quebrada” será voltado para as frentes de Direito à Cidade, Promoção da Dignidade da População e das Comunidades Periféricas, Gênero, Enfrentamento ao Racismo e Combate à Violência. Segundo a gerente do Departamento de Manutenção e Suporte da Funalfa, Giovana Pereira Bellini, o conceito de periferia a ser delimitado pelo edital é inspirado no manifesto “As periferias e seu lugar na cidade”, construído no Seminário Internacional das Periferias, na Maré, Rio de Janeiro, em 2017. “Basicamente, os interessados terão que morar em alguma periferia de Juiz de Fora, entendendo periferia e comunidade em um sentido mais amplo, de fora para dentro, não em uma perspectiva geográfica. No edital, os conceitos estarão escritos de forma bem clara.”

Conforme a gerente do Departamento de Manutenção e Suporte, o edital será lançado apenas em maio devido a regulamentações ainda necessárias para o financiamento. “Precisamos construir o decreto do Programa Murilo Mendes para a utilização dos R$ 40 mil, porque é um dinheiro do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fumic). O decreto, que vai sair antes do edital, regulamenta a lei, e o edital vai regulamentar o decreto.” O Fumic também é responsável por fomentar os editais da Lei Murilo Mendes. A Funalfa chegou a discutir se o “Cultura na quebrada” contemplaria até oito propostas com teto de R$ 5 mil ou cinco com teto de R$ 8 mil, mas optou, por fim, pela primeira opção, de acordo com Giovana.

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O mecanismo de fomento anunciado nesta terça é inspirado em alguns outros encontrados pela equipe da Funalfa durante pesquisas para viabilizar o “Cultura na quebrada”. “Encontramos em Recife, por exemplo, um modelo muito semelhante ao que a gente estava procurando. Logicamente, são contextos e cidades diferentes, mas percebemos que poderíamos replicá-lo em Juiz de Fora. As oito propostas poderão contemplar cada região, cada área periférica da cidade. O nosso não tem um valor alto. Entendemos como um valor baixo, inclusive. Mas, como é o primeiro edital, estamos apenas experimentando.”

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Demais ações, nas redes sociais

Além do edital “Cultura na quebrada”, a Funalfa também divulgou ações já iniciadas ou ainda por iniciar em meio aos cem primeiros dias de Margarida à frente da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Na última sexta-feira (9), por exemplo, a fundação lançou o projeto “Arte na laje”, um canal de divulgação para artistas periféricos. A intenção é, semanalmente, justamente às sextas-feiras, lançar vídeos de performances destes artistas onde o cenário é o território onde vivem. “Já vínhamos mudando anteriormente, mas a gente começou a nova linguagem da Funalfa com o ‘Arte na laje’”, pontua Giovana.

Ainda nesta semana, como nas próximas, a Funalfa deve iniciar outros três projetos, como, por exemplo, o “Dias de saudade”. A iniciativa promoverá visitas virtuais a espaços como o Teatro Paschoal Carlos Magno, o Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, a Casa de Leitura Delfina Fonseca Lima, o Museu Ferroviário e o Paço Municipal. Há ainda o “Patriamando JF”, em que a Funalfa pretende divulgar informações sobre patrimônio cultural por meio de enquetes no Instagram – as dúvidas serão esclarecidas pelo historiador Fabrício Fernandes, da Divisão de Patrimônio Cultural. Por fim, há o “JF Territórios Culturais”, cuja proposta é mostrar, por meio de uma série, a diversidade da produção cultural através da performance de artistas locais.

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Devido às restrições sanitárias impostas pela Covid-19, as ações são todas virtuais. “Quando estávamos na faixa vermelha, a gente ainda pensava em algumas iniciativas (presenciais), mas, de fato, com a faixa roxa, é inviável. Não é possível nem abrir os nossos espaços para uma visitação mínima. Então, não conseguimos pensar em ação (presencial) alguma para os artistas.”

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