Ícone do site Tribuna de Minas

Baco Doente volta aos anos 1960 com EP ‘Love is purple’

baco-2-by-fernanda-castilho-divulgação

(Foto: Fernanda Castilho/Divulgação)

baco-1-by-fernanda-castilho-divulgação
Gravação do EP ocorreu na casa da baixista Stéphanie Fernandes (Foto: Fernanda Castilho/Divulgação)
PUBLICIDADE

Desde as bandas de protopunk até aquelas mais psicodélicas dos anos 1960 agradam a Frederico Arruda e Walner Del’Duca, ambos vocalistas e guitarristas da juiz-forana Baco Doente. Quando deflagraram o projeto lá em 2019, ensaiavam a partir de duas composições próprias, antigas, cada um apresentou uma. Ambas no entanto ficaram de fora do primeiro trabalho do grupo, o LP “Baco Doente”, apresentado ainda em novembro de 2019. Agora, apenas as faixas “Love is dead” e “Purple bubblegum” compõem o EP “Love is purple”, previsto para ser lançado nesta quarta-feira (3) nos serviços de streaming, em busca de demarcar o fim de um ciclo sonoro.

O EP é o trabalho de despedida do baterista Victor Fonseca da Baco, cujo núcleo musical passa a ser formado por Fred Arruda, Walner e pela baixista Stéphanie Fernandes. “É o encerramento de um ciclo. Talvez, vamos ver, de determinada sonoridade”, afirma Fred. A ideia, inclusive, conforme o vocalista e guitarrista, seria lançar um EP com mais músicas, mas, como Victor já conhecia aquelas compostas por Fred e Walner – os três foram os precursores da Baco Doente –, o projeto se limitou a “Love is dead” e “Purple bubblegum”. “É uma despedida para o Victor. Ninguém queria que saísse, mas ele acabou precisando. As portam continuam abertas.”

PUBLICIDADE

Em relação ao primeiro trabalho, as duas canções carregam a Baco Doente de volta à década de 1960, ainda que sob uma roupagem própria, com muita abstração e experimentação, por exemplo. “O LP ‘Baco Doente’ é muito influenciado pelos anos 90, pelo noise rock, pelo ruído, até pelo ‘grunge’ em si. Esse primeiro trabalho tem umas facetas diversas, como um quê pós-punk, um quê do noise, um quê dos anos 60 e um quê da música alternativa dos anos 90 bem forte”, detalha Fred. “Já este novo trabalho é sobre a nossa primeira influência, que é basicamente os anos 1960, e, também, um pouquinho dos anos 1970, bem pouquinho.” Há ainda, complementa o músico, o acréscimo de sintetizadores, recurso não utilizado pelo quarteto no primeiro álbum.

PUBLICIDADE

Da pista

A canção “Love is dead” já é conhecida do público mais fiel à banda, uma vez que praticamente em todos os shows era tocada. Porém, “Purple bubblegum” será divulgada pela primeira vez. “Na ‘Love is dead’ (composta por Walner), as guitarras foram feitas pelo Walner com a incorporação de alguns ruídos e feedbacks que fiz na minha guitarra. Todo mundo participou dos backing vocals, até quem não era da banda, como o (produtor) André (Medeiros), a sua namorada e o namorado da Stéphanie. E na ‘Bubblegum’ aconteceu essa interação ainda maior, porque foram feitas duas baterias diferentes: o Victor fez a primeira metade e o Walner fez a segunda.”

Diante do encerramento das atividades da Pug Records, pela qual a Baco havia gravado o LP homônimo, o EP será lançado sem qualquer selo, já que as gravações foram sediadas por Stéphanie, conta Fred. “Em três dias, em que ficamos imersos no processo, gravamos durante sete, oito horas diárias. Com intervalos, claro, mas bem à vontade, sem ter nada no estúdio. A bateria foi microfonada na sala da Stéphanie, os vocais foram feitos na cozinha e assim por diante.”

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile