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Macaco bugio invade carro no Bairro Tiguera

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O Corpo de Bombeiros foi acionado, na tarde de segunda-feira (29), para capturar e resgatar um macaco bugio de grande porte que entrou dentro de um carro no Bairro Tiguera, Zona Sudeste de Juiz de Fora. Porém, chegando no local, a moradora que solicitou a presença da guarnição afirmou que o animal já havia retornado à área de mata antes da chegada dos militares. Diante disso, a solicitante foi orientada a acionar novamente o Corpo de Bombeiros em caso de nova aparição.

Aparição não é inédita no local

No dia 16 de julho, a Tribuna noticiou que um homem teve a panturrilha ferida por um macaco bugio enquanto atravessava uma mata no mesmo bairro para ir à casa de seu pai almoçar. Durante o trajeto, acabou escorregando, o que assustou o animal, que pulou nele. Faustino Teixeira, pai da vítima e quem relatou o caso à Tribuna à época, afirmou que o macaco é presença frequente na região, inclusive, sendo chamado de Cornélio.

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É o segundo caso envolvendo um macaco bugio em cerca de 15 dias na região (Foto: Faustino Teixeira)

“Ele vinha e chegava perto, mas sempre manso. Ultimamente, ele começou a querer entrar dentro das casas. Dias atrás, eu estava trabalhando no meu escritório em casa e ele apareceu na mesa, mas eu fiquei tranquilo. Ele desceu as escadas, e a pessoa que trabalha aqui em casa já está acostumada com ele e conseguiu retirá-lo com segurança”, relatou Faustino à época.

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Saiba como agir

Em caso de situações semelhante, o protocolo a ser cumprido é, segundo a Polícia Militar do Meio Ambiente (PMMA), comparecer ao HPS em caso de lesão e fazer contato com a Guarda Municipal, através do telefone 3690-7137, com o Corpo de Bombeiros ou com a própria PMMA.

O macaco bugio

O macaco bugio-ruivo é uma espécie que se destaca em relação a outros primatas por conta de seu tamanho e por possuir uma vocalização muito alta e específica. Tais sons são utilizados pelos animais para demonstrar união do grupo e demarcação territorial, já que podem ser ouvidos a grandes distâncias. Além disso, eles vivem em grupos que podem ter de três a oito indivíduos.

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Apesar de chamarem a atenção, é necessário manter distância, mesmo que os animais silvestres apresentem um comportamento parecido a de um domesticado. Os bugios são grandes e pesados e, por conta disso, são muito fortes, e podem causar ferimentos se sentirem que estão sendo ameaçados. Porém, não representam um grande perigo ao ser humano, já que são estritamente herbívoros, afirma especialistas.

Espécie em extinção

Os macacos bugios já foram muito populosos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, porém um surto de febre amarela, que aconteceu entre 2016 e 2017, dizimou muitos indivíduos da espécie.

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Apesar da ameaça de extinção, a espécie apresenta sinais de recuperação, já que estão voltando a ser encontrados em locais que habitavam anteriormente ao surto de febre amarela.

*Estagiário sob supervisão da editora Fabíola Costa.

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