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Novos leitos de UTI para pacientes da rede pública ainda dependem de assinatura de contrato

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A disponibilização de dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) voltados para pacientes com Síndrome Coronariana Aguda da rede pública ainda depende de alguns detalhes. Os equipamentos já foram instalados no Instituto Brasileiro de Gestão da Saúde (IBG), o antigo Hospital João Felício, e, para atender a demanda, aguarda-se a formalização de um acordo entre o hospital e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Ainda não há previsão para a operação ter início. “A assinatura do contrato está em fase de finalização, aguardando o prestador firmar o novo contrato”, sinaliza a PJF à reportagem, em nota encaminhada na quarta-feira (29).

Conforme matéria publicada pela Tribuna no último dia 9 de fevereiro, os dez leitos de UTI dedicados ao cuidado a pacientes com Síndrome Coronariana Aguda foram habilitados por meio de uma portaria do Ministério da Saúde, publicada no final de 2022, e serão financiados com recursos federais, de acordo com o IBG. A unidade abriga o único Centro de Alta Complexidade Cardiovascular da região. “A estrutura encontra-se totalmente montada, com espaço físico adequado, equipamentos de ponta e equipe profissional contratada, e o Governo federal já tem enviado os recursos financeiros para seu custeio desde janeiro de 2023”, afirma o diretor de Relações Institucionais do IBG, Oleg Abramov.

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Ainda de acordo com Abramov, “para que o hospital passe a receber os pacientes, falta apenas a Secretaria Municipal de Saúde realizar aditivo contratual, o que não foi realizado até agora”. “Em suma: o serviço está instalado, o dinheiro está no caixa, mas a PJF tem adiado a contratação para o início do funcionamento em benefício dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz o diretor do IBG. Assim, segundo o hospital, os dez leitos estão prontos e ociosos e estarão disponíveis assim que a situação contratual for equacionada.

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“Segundo o Plano de Ação Regional da Rede de Urgência (PAR), elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde junto com os gestores da região (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais – COSEMS), ratificado neste mês de março, Juiz de Fora deveria dispor de pelo menos 30 leitos UCO. Estes seriam os primeiros dez e ainda precisamos de mais outros 20. Portanto, existe grande demanda pelo serviço”, avalia o IBG, também em nota encaminhada à Tribuna.

‘Ganho monumental’

Em fevereiro, o diretor de Relações Institucionais do IBG já havia classificado a habilitação dos leitos como “ganho monumental” para a Zona da Mata. “É uma UTI especializada em pacientes coronarianos. Terá todo o suporte de vida de UTI, além da atenção especializada”, apontou, à época. “Com esse serviço, a linha de cuidado na área cardiológica ficará completa”, acrescentou, na ocasião.

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