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Quem é o influenciador de JF suspeito de lavagem de dinheiro e rifa ilegal

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Influenciador ostenta carros nas redes sociais (Foto: Reprodução/Instagram)
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“Só ganha quem joga”, escreve Wesley Alves, 29 anos, na legenda de uma de suas publicações nas redes sociais. O influenciador foi preso pela Polícia Civil na noite desta terça-feira (28) por suspeita de envolvimento nos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, rifa ilegal e sonegação de impostos. Na internet, Wesley ostenta carros de luxo e venda de cotas que prometem realizar os sonhos dos sorteados.

Uma caminhonete avaliada em mais de R$ 100 mil está entre os veículos rifados pelo influenciador nas redes sociais. Para ser sorteado, os interessados tinham que comprar uma cota. No caso da caminhonete, o valor pedido era de R$ 0,25 por cota. No mesmo site, a aba de promoção chama atenção: “cem cotas por R$ 25,00”, “200 cotas por R$50,00” e “400 cotas por R$ 100,00”. A lógica é básica, quanto maior o valor investido, mais cotas são compradas e maior a chance de ganhar. “Compre com fé”, Wesley recomenda em um dos links para participar.

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Apesar disso, o que chama a atenção do público são os pequenos valores de investimentos necessários para concorrer. “Separa o troco do pão”, o influenciador brinca em uma legenda sobre o dinheiro necessário para comprar uma cota.

Em um dos vídeos em que ele aparece, publicado em 18 de julho, Wesley compartilha sua história. “Até os 19 anos de idade eu não tinha nem uma bike para andar. Graças a Deus e à internet, que vem mudando minha vida, apresento a vocês minha nova conquista”, diz, à medida que expõe um carro branco de luxo, que seria sua nova aquisição. A ilustração do sucesso do influenciador é vista em mais de uma postagem, associada a carros, motos, jet ski e viagens.

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Também são postados no perfil do influenciador vídeos e fotos entregando os produtos sorteados aos ganhadores. No canal de transmissão no Instagram do jovem, são compartilhados comprovantes de transferências bancárias supostamente feitas aos ganhadores. O contato com os seguidores é evidenciado também em vídeos em que Wesley distribui cestas básicas ou aparece ao lado de uma van repleta de alimentos.

Contudo, segundo investigações da Polícia Civil, os sorteios são considerados ilegais. À Tribuna, em contato inicial, o advogado do suspeito declarou ainda não ter tido acesso aos autos, mas que as queixas ao cliente são “baseadas em suposições”.

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