Após a Goretti Irmãos Ltda (Gil) quitar o tíquete-alimentação referente a junho nesta segunda-feira, a expectativa é que os rodoviários não deflagrem movimento paredista nesta terça (28). Embora o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro/JF) tenha publicado edital com indicativo de greve na última sexta-feira, a Gil e a Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda (Ansal) já haviam acordado com a categoria, perante o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o pagamento do benefício de R$ 370 nesta segunda para os 180 trabalhadores cedidos pela Gil à Ansal entre janeiro e junho, após acordo para remanejamento de 32 linhas do transporte coletivo urbano.
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A publicação do edital com o indicativo de greve dos rodoviários fora uma das exigências da categoria para a suspensão do movimento paredista de 53 horas da última semana. Os trabalhadores lançariam mão da paralisação apenas em caso de descumprimento do acordo costurado entre o Sinttro/JF, a Ansal e a Gil em reunião na última quinta-feira. O depósito do tíquete-alimentação foi realizado integralmente pela Gil, como confirmado à Tribuna pelo advogado da empresa, Rafael Mendonça, e pelo diretor da Ansal, Rafael Santana.
Até a última sexta, ainda que as empresas tivessem entrado em acordo para realizar o pagamento do tíquete-alimentação, não se sabia quem pagaria, tampouco a forma de acerto, o que foi combinado em reunião entre as viações posteriormente. O Sinttro/JF também confirmou o pagamento do benefício. Porém, ressaltou que o valor estará disponível para uso até esta quarta (29).
Agora, a categoria espera o pagamento da cesta básica de julho até a próxima quinta-feira, como acordado pelo próprio Sinttro/JF com as empresas. A 1ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora havia determinado o pagamento do benefício pelas empresas até a última sexta-feira após liminar impetrada pelo sindicato à Justiça em meio à greve. Entretanto, após negociações entre as partes, foi acordada a prorrogação do prazo para esta quinta, uma vez que, em razão de dificuldades operacionais, os fornecedores não conseguiriam repassar as cestas para os rodoviários até a data inicialmente prevista.