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Namorado de mulher executada nega abuso sexual

Motociclista é morto por tiros
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Três familiares da criança de 3 anos que teria sido abusada sexualmente na semana passada foram identificados pela Delegacia Especializada de Homicídios. Eles teriam envolvimento no assassinato de Roseli Franca de Oliveira Silva, 41 anos, executada dentro de casa com dois tiros na cabeça, na madrugada de sábado (23), no Bairro Santo Antônio, Zona Sudeste de Juiz de Fora. Uma tia da menina, 33, um tio, 25, e um primo deles que teria vindo de São Paulo, de idade não informada, também teriam promovido o espancamento do suspeito de praticar o suposto estupro de vulnerável.

O homem agredido, 29, era namorado de Roseli e afirmou à polícia que precisou fingir de morto para sobreviver. Imagens da tentativa de homicídio, que teriam sido gravadas na sexta-feira pelo suspeito de São Paulo, e postadas por ele mesmo em uma rede social, foram divulgadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (26). Acuado em um canto do Centro Pop, o namorado de Roseli é chutado contra a parede. Ele estava internado no HPS quando a companheira foi executada em casa, com a filha de 10 anos no quarto ao lado.

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O delegado Rodrigo Rolli ouviu na segunda o depoimento do suspeito de abuso sexual, e ele negou ter tocado na menina de 3 anos. Roseli cuidava da criança e foi acusada pelos parentes dela de acobertar  a situação, embora ela mesma tenha dito que não. Mesmo gravemente ferido, com traumatismo cranioencefálico, o homem agredido deixou o hospital no sábado temendo ser morto. Ele foi encontrado pela polícia em uma cidade da região, que não foi divulgada devido às circunstâncias do caso. Veja abaixo o momento em que o namorado de Roseli é agredido no Centro Pop.

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Para o delegado, foram dois crimes praticados com a intenção de fazer “justiça com as próprias mãos”, o que é “inadmissível”. “A motivação seria exatamente um (suposto) delito de conotação sexual, no qual uma menina de 3 anos teria sido abusada dentro da casa de Roseli, que poderia ter ajudado ou ocultado a ação delituosa. Familiares dessa criança tomaram as dores e, infelizmente, utilizaram de um caminho equivocado, que é a vingança privada. E nós não vamos, de forma alguma, como policiais que somos, admitir isso. A sociedade sempre deve acreditar na ação da polícia e da Justiça, competentes para dar uma resposta ao crime cometido.”

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Segundo Rolli, para a rápida elucidação dos casos, a equipe de investigadores não mediu esforços, trabalhando sábado e domingo. “Na segunda-feira conseguimos achar o paradeiro do namorado da vítima em uma cidade circunvizinha. Fomos até o local e o levamos para ser ouvido em cartório. De forma clara, ele demonstra os autores do fato, tanto do homicídio consumado quanto da tentativa perpetrada contra ele.”

Dois dos três suspeitos já estão identificados, faltando esclarecer os detalhes sobre o homem que teria vindo de São Paulo. O delegado acredita que o suspeito de fora é quem teria executado Roseli, disparando os tiros. Ele também teria participado das agressões no Centro Pop. “A vítima foi espancada de forma violenta por quatro ou cinco pessoas, e já sabemos quem são três delas. O homem só não teve sua vida ceifada naquele momento porque ele mesmo disse ter se fingido de morto para que cessassem as agressões”, completou Rolli.

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Já em relação ao homicídio de Roseli, o próprio namorado revelou aos policiais acreditar que a mataram por acharem que ela estava monitorando os familiares da criança para evitar uma vingança. “Os parentes já estavam atrás dele desde quarta-feira, antes de o agredirem no Centro Pop, e ela teria avisado que queriam matá-lo”, finalizou o delegado.

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