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Além de delegado e seu núcleo, mais 19 alvos da operação Transformers foram condenados

delegado Rafael Gomes Leonardo Costa
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Além do delegado da Polícia Civil Rafael Gomes de Oliveira, condenado a 50 anos de prisão, e de mais nove integrantes do núcleo “corrupção policial e jurídico”, outros 19 alvos da operação Transformers já foram julgados e condenados, segundo informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O órgão lembra que a ação penal fruto da operação Transformers, deflagrada em outubro de 2022, foi desmembrada em quatro partes, resultando em mais três grupos: “liderança e controle financeiro”, “logística e fornecimento de veículos” e “operacional”.

A sentença mais recente foi publicada na última sexta-feira (22), referente ao núcleo “corrupção policial e jurídico”. A condenação do delegado Rafael – a 50 anos, seis meses e oito dias de prisão e multa de mais de R$ 300 mil – foi pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Outros nove réus ligados a ele, incluindo seis policiais civis, dois advogados e um traficante, foram condenados a penas que variam entre cinco e 37 anos de reclusão.

Todos podem recorrer em liberdade, e a defesa do delegado já confirmou que vai entrar com recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), “para que sejam reconhecidas as nulidades do processo e reformada a sentença, com sua absolvição de todos os crimes”. A Tribuna segue aberta para posicionamento das partes dos demais acusados.

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Segundo o MP, a operação Transformers, desencadeada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, visou a desarticular grupo criminoso composto por cerca de 30 integrantes, que atuou no município e na Zona da Mata entre 2018 e 2022.

“A organização criminosa possuía significativa importância na produção e distribuição de entorpecentes na região, tendo movimentado aproximadamente R$ 257 milhões provenientes do tráfico de drogas”, destacou o MP, acrescentando que a quadrilha atuava com apoio e participação direta de policiais civis que, em contrapartida, recebiam altos valores a título de propina.

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