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Estudantes promovem “roletaço” no RU da UFJF em protesto contra qualidade do serviço

ROLETACO Mariana Floriano
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Os estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) promoveram, nesta quinta-feira (25), um “roletaço” no Restaurante Universitário (RU). O movimento ocorreu em concomitância a um protesto promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) contra os serviços oferecidos pela BG Alimentação, atual gestora do RU.

Durante o almoço, o sistema de catracas que obriga os estudantes a pagar R$ 1,40 para ter acesso às refeições estava desativado. A Tribuna esteve no RU e constatou que a passagem estava liberada. O DCE, no entanto, nega ter convocado o roletaço, afirmando que este teria sido realizado espontaneamente por parte dos estudantes, e não convocado por ele.

No início do mês, a Tribuna mostrou o caso de uma aluna que encontrou uma larva na berinjela servida no RU campus. Segundo o DCE, relatos desse tipo têm chegado com cada vez mais frequência aos canais de denúncia.

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Maurício de Souza, representante do diretório e integrante do movimento Levante, afirma que a mobilização foi organizada junto a outros diretórios e centros acadêmicos através do calendário de atividades. “Hoje a gente está aqui para reivindicar uma alimentação de qualidade, que seja para os estudantes e trabalhadores da UFJF. A gente vem recebendo inúmeros relatos de estudantes que estão encontrando larvas, pregos, porcas e outros corpos estranhos na alimentação. Durante esses cinco meses que a BG assumiu a gestão do RU, nós temos recebido esses relatos. Nossa mobilização é para um RU digno.”

O ato levou para dentro do restaurante uma caixa de som, através da qual os alunos manifestaram a insatisfação com os serviços da BG. Também membro do DCE e integrante do movimento Afronte, Everton Aguiar, diz que a manifestação preza pelo cumprimento do contrato entre a BG e a UFJF, assinado no início do ano. “Queremos apenas que a empresa cumpra o contrato, que está na ordem dos R$ 15 milhões.”

O DCE ressalta a importância dos canais oficiais de denúncia, feitos para receber relatos de corpos estranhos encontrados na comida. “Muitos alunos não conhecem esses meios e acabam se restringindo a denunciar apenas pelas redes sociais”, diz Maurício. Atualmente, os canais para reclamação são a ouvidoria do RU, mediante o preenchimento de um formulário, e o canal Fala Brasil. “É muito importante mandar as denúncias nesse canal, com fotos do que foi encontrado nos alimentos. Só assim a gente vai conseguir a rescisão do contrato entre a BG e a UFJF que vai até o fim do ano.”

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Em nota, a UFJF afirmou que, como espaço democrático, considera todas as manifestações importantes e está mobilizada para o enfrentamento das reclamações relacionadas ao RU, um espaço que, segundo ela, é “fundamental para a permanência dos estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação, além de ser um local de socialização e integração”.

“A UFJF, em diálogo com a empresa responsável pela alimentação fornecida pelo RU, vem tomando todas as providências necessárias a fim de assegurar o melhor atendimento para os estudantes que utilizam o restaurante. No mais, a Universidade continua aberta ao diálogo para desenvolver ações efetivas sobre as demandas apresentadas pelo segmento estudantil”, finaliza a nota.

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Já a BG Alimentação afirmou que não foi  comunicada previamente sobre a manifestação.  Em nota, a empresa afirmou que todas as reclamações trazidas pela gestão do contrato são tratadas de forma imediata a garantir a qualidade dos produtos servidos. “Todas as sugestões e reclamações devem ser feitas via formulário próprio da Universidade para que as medidas sejam tomadas de forma eficaz.” Por fim, a BG reiterou o compromisso em cumprir o contrato na íntegra, “com qualidade, pontualidade e bom atendimento”.

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