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Alunos do Clorindo Burnier elaboram game educativo sobre a 2ª Guerra Mundial

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Grupo formado por estudantes do Clorindo começa a trabalhar na montagem do jogo (Foto: Leonardo Costa)
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Há quem torça o nariz para a eficácia dos games como ferramenta de aprendizagem para crianças e adolescentes. Acontece que, para prender a atenção dessa geração que já nasceu tecnológica, é preciso investir em alternativas que cumprem o seu papel pedagógico de outra forma. É com esse objetivo que um grupo de alunos da Escola Estadual Clorindo Burnier, na Zona Norte de Juiz de Fora, está empenhado em colocar em prática o projeto educacional “Thoth Games”, um jogo que convida os estudantes a testarem seus conhecimentos em história, sobretudo sobre a 2ª Guerra Mundial. O game é fruto da participação dos alunos no jogo “A Armadilha de Medeia”, voltado para a aquisição de conhecimento por meio do entretenimento, estimulando ideias inovadoras, pesquisa, trabalho em equipe e criatividade, lançado em maio deste ano pela Multi Inteligência Coletiva, uma startup de Campinas (SP).

Na primeira etapa do game, que reuniu 217 estudantes de todo o país, a meta era evitar catástrofes futuras, que misturavam ficção e realidade. A equipe juiz-forana, batizada de The Boyolers, foi se destacando e colecionando prêmios a cada fase vencida, como camisetas, mochilas, chaveiros e até skates. Diante dos bons resultados, o The Boyolers conseguiu se classificar para a segunda etapa, onde competiu com outras 12 equipes finalistas. A parte final do game reservou um novo desafio: desenvolver um jogo educativo, com direito a plano de negócios, a ser avaliado por especialistas do Brasil, dos EUA e da Austrália. “Essa etapa trouxe novidades para todos nós, pois tivemos que trabalhar com empreendedorismo. Pensamos em algo que pudesse mudar a forma de aprender dentro da escola e chamar a atenção de mais pessoas. Baseamos o Thoth Games em experiências que tivemos ao jogar e aprender ao mesmo tempo. Pensamos: se funciona pra mim, por que não funcionaria para outras pessoas?”, destaca o estudante Moisés José de Oliveira, integrante da equipe.

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A meta da equipe, agora, é tirar o game do papel e participar da segunda temporada da competição, que acontece neste mês. “A criação de um jogo independente é muito complicada, pois depende da atenção de todos nós. Vai dar um certo trabalho, mas a nossa equipe conta com bons elementos. Temos um programador, um ilustrador e quem cuida da imagem e do som”, diz Moisés. No futuro, e se conseguirem algum tipo de patrocínio, o grupo pretende criar outros jogos que envolvam outras disciplinas escolares. “A forma de ensino nas escolas é maçante. Por isso, queremos fazer algo diferente, criando um método de ensino que possa melhorar a aprendizagem. É um projeto de aluno para aluno que visa a integração dos colegas em algo muito maior. Queremos reunir alunos do ensino médio e do fundamental para que possam aprender juntos e ensinar as pessoas a criarem esses tipos de jogos em atividades extracurriculares dentro da escola”, pontua.

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Além de Moisés, a equipe é formada por outros quatro alunos da escola que cursam o 9º ano do ensino fundamental e os três anos do ensino médio. Para a diretora do Clorindo Burnier, Virgínia Queiroz, a união de alunos de turmas diferentes só vem para somar para a escola e para o projeto. “Tudo tem relação com a linguagem, e ela ajuda a quebrar barreiras. Estamos imersos em tecnologia 24 horas por dia, e a educação não pode ficar para trás. Temos que acompanhar todos os avanços e proporcionar aos alunos formas mais prazerosas e lúdicas de aprender sem perder o conteúdo. Quando temos um projeto como este na escola, executado pelos nossos próprios alunos, percebemos que estamos no caminho certo”, finaliza.

 

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