Ícone do site Tribuna de Minas

Alegação de insanidade mental adia julgamento sobre caso Brunna Letycia 

FORUM RAFAEL Felipe Couri
PUBLICIDADE

O casal indiciado pela morte de Brunna Letycia, 24 anos, assassinada em janeiro deste ano, participou de audiência de instrução que ocorreu na tarde dessa quarta-feira (22), no Fórum Benjamin Colucci. Embora na data pudesse ser decidido se Renata Sant’Ana, 30, e Herick Dornelas, 31, seriam levados a julgamento por júri popular, essa etapa foi postergada diante de uma manifestação da defesa da mulher, que alegou insanidade mental. À Tribuna, Bruno Magalhães, advogado que a representa, declarou que ela possui “depressão e outros transtornos psiquiátricos”.

A determinação se os indiciados vão a júri popular só vai ocorrer após a finalização da manifestação da defesa, que tem prazo determinado para provar a tese. Ainda que a audiência dessa quarta tenha sido o início do processo legal diante do tribunal, várias testemunhas arroladas por defesa e acusação foram ouvidas. 

PUBLICIDADE

LEIA TAMBÉM: Adolescente é morto a tiros na Zona Sul

PUBLICIDADE

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais em nota à reportagem, informou a importância deste momento. “Nessa fase não há um resultado imediato, as informações dos testemunhos contribuem para a decisão do magistrado e pode ser que a juíza marque outra audiência.” 

Pai de Brunna esteve no Fórum

João Batista, pai de Brunna, não foi ouvido, mas fez questão de comparecer ao Fórum. “Como pai da vítima, me agradou ‘saber’ que o réu Herick Dornelas provavelmente será condenado a muitos anos de cadeia. Mas, em relação a Renata, fiquei decepcionado com essa demanda de tempo para que ela seja avaliada. Para mim, principalmente como pai de uma vítima que foi brutalmente assassinada, essa coisa de insanidade mental em relação a Renata, é uma verdadeira piada.”

PUBLICIDADE

A Tribuna solicitou um posicionamento da defesa de ambos os acusados. O homem está sendo representado pela Defensoria Pública e, em nota, o órgão falou que vai verificar junto ao defensor. Contudo, adiantou que, “em regra, em ações criminais, a Defensoria Pública se manifesta somente nos autos do processo”.

Já a mulher conta com dois advogados e alegou insanidade mental. O advogado sustenta que a mulher é inocente. “Ainda será suscitado procedimento para demonstrar a condição psíquica da acusada, pugnando sempre pela verdade dos fatos e tendo ciência que será devidamente demonstrado total improcedência dos fatos narrados na exordial acusatória”, afirma. 

PUBLICIDADE

LEIA MAIS notícias sobre a cidade 

O caso

Na noite do dia 2 de janeiro, câmeras de segurança de um prédio, no Bairro Previdenciários, mostravam Brunna indo em direção ao apartamento do casal, acompanhada de um dos suspeitos. A jovem, porém, não foi vista saindo. A gravação evidenciava posteriormente pessoas que seriam Herick e Renata deixando o condomínio carregando uma mala, que teria sido usada para colocar o corpo da vítima já sem vida, após ter sido asfixiada. 

Durante depoimento à polícia, a suspeita disse ter sentido ciúmes da menina com o marido, momento em que eles começaram a discutir. O conflito fez com que Brunna ligasse para amigos irem buscá-la, mas o homem teria tomado o celular dela e, em seguida, a asfixiado.

PUBLICIDADE

O casal foi até o Bairro Milho Branco, na Zona Norte da cidade, transportando o cadáver dentro de um carro de aplicativo. Já no local, eles levaram a mala com o corpo de Brunna para um matagal e atearam fogo. O corpo só foi encontrado pela Polícia Civil dois dias depois, devido aos esforços de um amigo da vítima – que insistiu que ela fosse procurada, sinalizando que algo de errado havia ocorrido. Durante as diligências da polícia o casal foi preso em flagrante e, após um mês de investigação, os suspeitos foram indiciados. 

 

 

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile