Conferência Municipal de Saúde aborda problemas da área em JF

11ª edição do encontro tem foco na defesa do SUS e agrega diversas atividades com o objetivo de debater desafios e soluções para a saúde no município


Por Gabriel Magacho, estagiário sob supervisão da editora Rafaela Carvalho

23/03/2023 às 18h42

Sob o lema da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da vida e da democracia, foi inaugurada, na noite desta quinta-feira (23), a 11ª Conferência Municipal de Saúde, realizada no Ritz Plaza Hotel e organizada conjuntamente entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e o Conselho Municipal de Saúde. Com eventos previstos até o próximo domingo (26), o encontro, que contará com palestras, mesas redondas, grupos de discussões, trabalhos temáticos e diversas outras atividades, também terá a representação de vários segmentos sociais. De acordo com o secretário de Saúde, Ivan Chebli, as conferências de saúde sempre são convocadas no primeiro ano de mandato de um governante do Poder Executivo, seja ele municipal, estadual ou nacional.

“As conferências de saúde possuem, como objetivo principal, traçar diretrizes para políticas de saúde a partir da análise da situação de saúde do município, do estado e de todo o país. Sendo assim, os participantes do evento propõem ações e serviços que possam minimizar os graves problemas que afetam o setor no Brasil. Dentre os principais temas que serão abordados nesse encontro, temos a discussão do modelo de financiamento da atenção à saúde, questões relacionadas à participação social, das estratégias de contratualização, da própria tele medicina, entre outros temas que são de importância para a população e para própria gestão do SUS. No final do encontro, será produzido um relatório final que subsidiará o processo de planejamento da Secretaria Municipal de Saúde”, afirma Chebli.

Questionado pela Tribuna sobre quais são os maiores desafios na gestão da saúde pública no município, o secretário municipal indicou que, além de tópicos locais, a própria questão histórica do subfinanciamento do SUS favorece o crescimento de desigualdades e de dificuldades. “Além dessa questão do subfinanciamento da saúde pública, agravada em 2017 pelo regime do ‘Teto de Gastos’, os principais problemas do município atualmente podem ser elencados pela necessidade da reformulação da atenção básica, inclusive das carreiras dos profissionais da saúde, e pela necessidade da contratação de pessoal. Além disso, Juiz de Fora é considerada como um polo macro-regional de saúde, e, por isso, temos sofrido uma pressão muito grande nos serviços de alta e média complexidade. Para minimizar esses problemas, nós já tomamos a iniciativa de contratar dez leitos de UTI Neonatal e Pediátrico no Hospital Maternidade Terezinha de Jesus, além de reativar 14 leitos de UTI adulto no Hospital Ana Nery”, ressalta.

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