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Taxista aciona ‘luz do pânico’ e evita assalto em Juiz de Fora

taxi capa
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O acionamento do dispositivo de segurança conhecido como “luz do pânico” evitou um assalto a táxi na noite desta quinta-feira (21), na Zona Norte de Juiz de Fora. De acordo com informações do boletim de ocorrência, policiais que estavam em uma viatura na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, altura do Bairro Jóquei Clube, avistaram um táxi circulando com o dispositivo acionado, com a luz vermelha piscando. Os militares perceberam a situação e deram ordem de parada ao veículo.

O taxista, 29 anos, e três passageiros, de 18, 21 e 23 anos, desceram do carro. Os passageiros foram submetidos a busca pessoal, e, com um deles, os policiais encontraram duas porções de cocaína e uma faca, que seria de um dos comparsas que estava no táxi. A PM informou que um dos suspeitos confirmou a intenção do colega em assaltar o taxista, porém, ele teria negado que iria auxiliar na ação criminosa. O jovem que seria o mentor da ação criminosa resistiu à prisão e tentou agredir os militares com chutes e socos. O trio foi preso em flagrante pelo crime de roubo tentado.

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O taxista disse aos militares que um dos detidos solicitou uma corrida da Avenida dos Andradas até o Bairro Bonfim, Zona Leste, onde os dois outros jovens embarcaram. O trio pediu ao motorista que o levasse até o Jóquei Clube para pegarem dinheiro para pagar a corrida na casa de um deles. O taxista desconfiou da história e acionou o dispositivo.

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Quando o táxi já estava no Jóquei Clube, um dos suspeitos desceu do carro e retornou depois de algum tempo dizendo que queria voltar para o Bonfim. A abordagem da PM aconteceu no trajeto de volta ao bairro da Zona Leste. O trio foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.

 

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‘Luz do pânico’

Popularmente conhecido como “luz do pânico”, o dispositivo luminoso pode ser acionado pelos taxistas como forma de sinalizar a situação de crime para quem está de fora do veículo. A instalação da ferramenta foi permitida após um decreto de 2009 assinado pelo então prefeito Custódio Mattos. Pela legislação, o dispositivo de segurança deve ser acoplado na parte superior do equipamento luminoso com a inscrição “táxi”, localizado sobre a capota do veículo. Outro decreto, de 2012, que regulamenta lei municipal que institui a sinalização de cor (vermelho ocupado e verde livre) nos táxis determina que, “em caso de eventual risco e pedido de socorro pelo motorista, o mesmo pode acionar a luz vermelha intermitente”. A Settra informou que apenas o motorista sabe o local exato onde está instalado o botão que aciona a luz vermelha intermitente.

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O presidente do Sindicato dos Taxistas de Juiz de Fora e Região, Aparecido Fagundes, considera eficaz e importante o uso do dispositivo mas, segundo ele, nem todos os motoristas o acionam quando percebem que estão em uma situação de risco. “Muitos casos poderiam ser evitados. Nossa orientação é que sempre que o motorista pegue alguém suspeito ou desconfie de alguma situação, acione a luz. É uma forma eficaz de fazer com que algum colega ou autoridade policial veja e consiga ajudar. Este dispositivo – e também as câmeras, que são de uso obrigatório nos carros – foram criados para trazer mais segurança e inibir as ocorrências, eles nos ajudam muito”, disse.

 

Câmeras

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Aparecido Fagundes destacou ainda que a categoria vai pleitear com a Prefeitura a mudança no processo de acesso às imagens que são gravadas pelas câmeras no interior dos táxis. Conforme ele, atualmente apenas a Settra consegue acessar as gravações. “Se um roubo acontece em uma sexta durante a noite ou em um feriado, as autoridades só conseguem ver as filmagens no próximo dia útil. É muito importante que isso seja feito no momento do crime, ainda em situação de flagrante, para identificar e prender os infratores”, afirmou.

Segundo ele, apesar do uso dos equipamentos de segurança e de ações das polícias, ainda não foi “possível notar uma redução dos assaltos a taxistas. É uma coisa que nos preocupa muito, principalmente nesta época do ano, onde aumentam consideravelmente os registros. O que vejo é que muitos taxista não estão registrando os casos, dizem que por conta da burocracia e também pelo fato de os ladrões levarem valores irrisórios. Felizmente, não temos tido casos graves, com motorista feridos, por exemplo. Mas estamos atentos”, comentou.

 

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Casos recentes

Os casos recentes, porém, revelam que os trabalhadores de táxis têm sido vítimas de assaltos com emprego de violência. Em dezembro, entre o dia 4 e o dia 9, três taxistas registraram casos de roubo em Juiz de Fora. Todos eles aconteceram na região Sudeste. Na primeira ocorrência, um taxista de 46 anos foi assaltado e agredido após deixar dois passageiros na Vila Olavo Costa. Conforme informações do boletim de ocorrência, a vítima disse que um casal solicitou uma corrida da Avenida Getúlio Vargas, no Centro, até a Rua Joaquim Tibúrcio Alves, no bairro da região Sudeste. Logo após deixar os passageiros, o motorista foi surpreendido por dois indivíduos, que anunciaram o assalto. Um dos suspeitos estava armado de pistola e, junto com seu comparsa, agrediu o trabalhador com chutes, socos e coronhada.

No dia seguinte, outro trabalhador foi roubado no Bairro Furtado de Menezes. Um adolescente de 15 anos é suspeito do crime. Segundo informações da Polícia Militar, por volta das 19h, o motorista deixou o cliente na Rua Aníbal de Paiva Garcia, quando foi surpreendido por um assaltante armado. O ladrão anunciou o roubo, pegou cerca de R$ 40 em dinheiro do bolso do motorista e também levou dois celulares. Antes da fuga, o bandido mandou o taxista ir embora e correu na direção contrária.

No dia 9, um taxista de 37 anos foi assaltado e agredido também no Bairro Furtado de Menezes. O motorista disse aos policiais que foi abordado por dois criminosos após deixar um passageiro na Travessa Carneiro da Silva. Um dos suspeitos, que estava aparentemente armado, entrou na frente do carro, enquanto seu comparsa chegou ao lado da janela do motorista. O ladrão desferiu um soco no rosto do taxista e exigiu que fossem entregues dinheiro e celular. A dupla fugiu levando cerca de R$ 100 e um celular.

Já em meados de novembro, um taxista de 25 anos ficou em estado grave após ser baleado por engano no Bairro Grajaú. O crime aconteceu no início da madrugada. Segundo a Polícia Militar, o alvo dos tiros seria o passageiro que estava dentro do táxi, um jovem de 21 anos.

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