Após audiência de custódia na tarde do último domingo (21), o juiz Paulo Tristão decidiu por manter presos os quatro policiais civis paulistas envolvidos em uma confusão, na última sexta-feira (19), no Hospital Monte Sinai, que culminou com a morte do policial civil de Juiz de Fora Rodrigo Francisco, 37 anos. Eles foram transferidos na manhã desta segunda-feira (22) para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Os policiais de São Paulo presos são os investigadores Caio Augusto Freitas Ferreira de Lira e Jorge Alexandre Barbosa de Miranda e os delegados Bruno Martins Magalhães Alves e Rodrigo Castro Salgado da Costa.
Além deles, a Justiça determinou a prisão preventiva do empresário paulista Jerônimo da Silva Leal Júnior, que seria dono de uma empresa de segurança, e de um suposto comerciante de Coronel Fabriciano, Antônio Vilela. Ele estava em Juiz de Fora e seria o dono de aproximadamente R$ 14 milhões em notas falsas. Antônio foi atingido por um tiro no pé e chegou a ficar internado no Monte Sinai, mas recebeu alta médica na noite de domingo (21) e foi levado preso para o Ceresp. Jerônimo permanece internado em estado grave na UTI do mesmo hospital.
O juiz apontou também que, ao término do inquérito, será analisada a necessidade da prisão preventiva de três policiais civis de Juiz de Fora que estavam na cena do crime. Eles estão soltos, mas foram indiciados pelo crime de prevaricação. Ainda não foi esclarecida a participação deles no ocorrido.
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Conforme decisão do magistrado, “há provas da materialidade e indícios de autoria não só com relação aos homicídios tentado e do consumado, mas também dos delitos de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, quadrilha armada ou até mesmo de uma organização criminosa. A permanência de suas prisões é recomendável e necessária para a apuração e a manutenção da ordem pública e da aplicação da lei penal”. Paulo Tristão decidiu, ainda, pela medida cautelar de proibição de saída do país do possível doleiro paulista Flávio de Souza Guimarães, que conseguiu fugir de Juiz de Fora em uma aeronave fretada.
De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil de São Paulo, delegados da Corregedoria e do Departamento de Polícia Judiciária da Capital paulista estão em Juiz de Fora para acompanhar e apurar todas as circunstâncias do caso e verificar o que os agentes faziam na cidade fora do horário de trabalho. “Comprovados desvios de conduta, os policiais envolvidos responderão administrativa e criminalmente, de acordo com os atos praticado por cada um.”
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que os quatro policiais de São Paulo foram transferidos para o Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na manhã desta segunda.