Foi confirmado, na tarde desta sexta-feira (22), o primeiro caso de varíola de macacos em Juiz de Fora. Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) informou que trata-se de um caso importado e que o paciente segue em isolamento domiciliar, “mantendo bom estado geral de saúde” e sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica.
O caso suspeito de monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos, se encontrava em investigação laboratorial, e foi confirmado através de exames realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Na nota, a PJF ainda reforçou a importância das medidas de proteção, como uso de máscaras, lavagem das mãos e evitar contato com casos suspeitos ou confirmados.
O caso suspeito vinha sendo investigado desde quarta-feira (20) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). A primeira hipótese da doença na cidade havia sido descartada em 30 de junho.
Estado tem pelo menos 33 casos
Em Minas Gerais, até o início da tarde desta sexta, já estavam confirmados 33 casos, segundo a SES-MG. Entretanto, o caso de Juiz de Fora ainda não constava na lista.
Outros 54 pacientes com suspeita da doença estavam sendo monitorados, segundo a SES. Outros 50 casos foram descartados, e dois foram classificados como prováveis.
Em nota enviada à Tribuna no início da tarde, a SES-MG tinha afirmado que os casos confirmados estão estáveis e que alguns ainda cumprem isolamento até o término do período previsto.
Sintomas e prevenção
A varíola dos macacos, ou monkeypox, preocupa os especialistas pela variedade de formas de transmissão. No Brasil, a doença foi confirmada pela primeira vez há pouco mais de um mês, em 15 de junho. Causada por um vírus semelhante ao da varíola humana, a enfermidade tem como formas conhecidas de contágio a secreção respiratória e os fluídos corporais. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, dor no corpo e surgimento de lesões na pele com pus.
Infectologistas destacam que, no Brasil, as lesões têm surgido na área genital, o que pode dificultar a identificação da doença, por se confundir com infecções sexualmente transmissíveis. O ciclo da enfermidade dura entre 14 e 21 dias. Para evitar a transmissão, a vítima deve se isolar completamente e usar utensílios diferentes das demais pessoas. Ainda não há vacina específica, embora especialistas apontem até 80% de proteção pelo imunizante usado contra a varíola de humanos, que já havia sido erradicada.
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