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Greve dos professores ultrapassa um mês e docentes rejeitam proposta do Governo federal

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Faz mais de um mês que os professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Instituto Federal Sudeste (IF Sudeste) estão em greve. A paralisação teve início no dia 15 de abril seguindo o movimento nacional que abrange também centros federais de educação tecnológica. Desde então, o Governo federal se reuniu com representantes da categoria para discutir propostas de reajuste salarial. A última delas, no entanto, foi rejeitada pelos docentes.

Conforme a Associação dos Professores do Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), em uma reunião na última sexta-feira (17), os docentes aprovaram a rejeição à proposta apresentada pelo Governo federal na mesa de negociação da última quarta-feira (15). Os representantes aprovaram também a construção de uma contraproposta que será pauta da próxima assembleia, marcada para a quinta-feira (23).

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Uma nova reunião com o Governo deve acontecer no dia 27 de maio, quando o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) vai apresentar o resultado das rodadas de assembleias em andamento a nível regional com os professores.

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Paralisação dos professores da UFJF teve início no dia 15 de abril e segue por tempo indeterminado (Foto: Felipe Couri)

Proposta

A proposta apresentada pelo Executivo à categoria é de aumento de 13,3% a 31% até 2026, começando em 2025. Os índices de reajuste deixarão de ser unificados e variarão com base na categoria em questão. Os que ganham mais terão o aumento mínimo de 13,3%. Quem recebe menos ganhará o reajuste máximo de 31%. Esta seria a última oferta do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) aos professores de ensino superior. Com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total, informou o MGI, ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos.

Sobre a oferta, a Apes considera que a proposta do Governo cria distorções para a carreira e indica percentuais de reajuste insuficientes para a recomposição inflacionária, além de desconsiderar outros pontos da pauta da greve, como recomposição orçamentária da educação federal e revogação de medidas autoritárias, na visão da Associação, de governos anteriores.

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Conforme Augusto Cerqueira, representante da Apes na reunião com o Governo, foi alardeada a propaganda do desbloqueio de R$ 300 milhões para o orçamento da educação, o que já estava previsto na Lei Orçamentária Anual. “Porém, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) aponta a necessidade de R$ 2 bilhões para recompor orçamento de 2024, e não há compromisso objetivo do Governo com essa recomposição.” Outros pontos que também não tiveram avanço, segundo a Apes, foram as questões da revogação da nomeação de interventores nas reitorias de instituições federais de educação e da reestruturação de carreira. Sendo assim, o Comando Geral de Greve optou por novas rodadas de assembleias para construção de uma contraproposta.

TAEs

A reunião com os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) vai acontecer na terça-feira (21) para que o Governo apresente as propostas de reajuste salarial. A categoria está em greve desde o início de março e luta pela recomposição salarial e atualização da carreira.

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Diretório dos Estudantes apoia greve

Em comunicado enviado à Tribuna, a gestão provisória do Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirmou que compreende como legítima a greve dos TAEs e docentes que “buscam reivindicações justas diante da desvalorização de seus serviços enquanto trabalhadores, em um compromisso direto de priorização da educação”.
Conforme o diretório, as bolsas de incentivo à pesquisa continuam sendo lançadas e não há apontamentos dos estudantes quanto ao recebimento das quantias, apesar de novas bolsas não estarem sendo registradas. “Em relação aos estágios, sua orientação foi aprovada, contendo entretanto a limitação da atuação dos TAEs.”

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