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Morte de Davi gera protesto de moradores do Santa Cândida

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Cerca de 30 pessoas, entre familiares, moradores e professores da creche onde a criança frequentava, percorreram as ruas do bairro pedindo paz e o fim da violência (Foto: MC Dhada)
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Entoando gritos de “Basta”, moradores do Bairro Santa Cândida, região Leste de Juiz de Fora, saíram às ruas neste domingo (20) em protesto contra a violência. A morte de Davi Lucas Clemente, 2 anos, atingido por um disparo de arma de fogo, mobilizou a comunidade. A criança estava no colo da mãe, no último dia 13, quando ambos foram baleados, após o atirador errar a mira. Apesar de socorrido, o garoto não resistiu ao tiro no abdômen e faleceu no Hospital de Pronto Socorro (HPS). A mulher ficou ferida no braço. Os disparos seriam endereçados a um jovem, 24, que estava na mesma calçada ocupada por mãe e filho, na Rua Pedro Paulo Vieira.

O movimento foi convocado pelas redes sociais e aconteceu no dia em que o crime completou uma semana. Vestidos de branco e empunhando uma faixa de luto, cerca de 30 pessoas, entre familiares, moradores e professores da creche onde a criança frequentava, percorreram as ruas do bairro pedindo paz e o fim da violência.

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Ainda muito abalados, os pais do menino Davi não compareceram ao ato, mas agradeceram a iniciativa. “Não quisemos nos expor. Minha esposa levou um tiro no braço e ainda está muito mal. Agradecemos a todos que participaram ontem (domingo) e continuamos tentando superar este trauma. A vida precisa seguir “, desabafou Sebastião Clemente da Silva Júnior, pai da criança.

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O episódio segue sob investigação do delegado da Especializada em Homicídios, Rodrigo Rolli, e as apurações apontam que a ação violenta foi motivada por rixa entre grupos rivais após desentendimento em um baile funk, há cerca de um mês, em Matias Barbosa. Na ocasião, o atirador foi atingido com uma garrafada no rosto pelo alvo dos disparos e, por isso, teria praticado o crime em represália. O rapaz a quem os tiros eram endereçados foi alvejado no pé, passou por cirurgia e foi liberado do HPS três dias depois.

Populares disseram à PM que ele foi surpreendido por ocupantes de uma motocicleta. O atirador, 21, foi preso no mesmo dia, teve o flagrante ratificado e foi encaminhado ao Ceresp. Já o comparsa, 24, apesar de identificado, ainda não foi detido. A Polícia Civil deverá concluir o inquérito nos próximos dias e remetê-lo à Justiça. Foram apreendidos uma blusa camuflada e o capacete utilizado pelo suspeito, além de seis munições recolhidas no local do crime. A arma usada na ação não foi localizada.

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