O jovem Symon de Souza Mendes, de 20 anos, foi condenado a 21 anos de reclusão em regime inicial fechado por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores no caso do assassinato de Rivânia Pereira da Silva, 40, descoberto no dia 14 de dezembro de 2020 pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios no Bairro Santa Cândida, Zona Leste de Juiz de Fora. A vítima foi encontrada morta dentro de um tambor, que estava enterrado em um buraco concretado no chão do quarto da mãe do réu, na casa situada na Rua Jorge Raymundo.
O julgamento aconteceu na última quinta-feira (19) no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci e foi presidido pelo juiz Paulo Tristão. Symon foi acusado de ter concorrido para os crimes junto com sua mãe, 38, o namorado dela à época, 23, e de ter corrompido sua irmã, 19, que era adolescente no dia dos fatos, em 30 de novembro de 2020. Segundo o Tribunal do Júri, os outros três réus chegaram a recorrer da decisão de serem submetidos a julgamento popular, por isso não foram julgados na mesma data. O jovem condenado teve negado o direito de recorrer em liberdade.
Rivânia era moradora do Bairro Poço Rico, Zona Sudeste, e chegou a ficar duas semanas desaparecida. Naquele período, familiares de Teófilo Otoni, município da região do Vale do Mucuri, chegaram a Juiz de Fora para encontrá-la e iniciaram uma busca por informações que pudessem levar ao paradeiro dela.
O caso
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 6 de julho de 2020 Rivânia transferiu, por sugestão da mãe do réu durante atendimento espiritual, a quantia de R$ 26 mil para o acusado. A Promotoria indicou três qualificadoras para o homicídio. “O crime foi cometido por motivo torpe, como forma de evitar o pagamento daquela importância; através de emboscada, sendo a vítima atraída à casa da mãe do réu e de seus filhos, com a promessa de pagamento; e morta de forma cruel, por estrangulamento, ficando em agonia por cerca de 40 minutos, até ser colocada debaixo do chuveiro e ir a óbito.”
Conforme o MP, em seguida, os envolvidos ocultaram o corpo, que foi colocado em um tambor metálico com cimento, areia, cal e ferramentas, sendo enterrado embaixo de um sofá no quarto da mãe. Depois de completar 18 anos, dias após o assassinato, a suspeita mais jovem teria usado documentos e cartões que estavam na posse de Rivânia para furtar R$ 100 de uma conta bancária em nome da mãe da vítima.
A Promotoria requereu a condenação dos réus nos termos da denúncia e destacou que os crimes foram praticados durante a pandemia e na presença de crianças. Já a defesa, pediu a absolvição de todas as acusações por negativa de participação. O réu julgado esta semana, no entanto, foi condenado na forma em que fora pronunciado, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores