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Emergência MG soma quase 50 mil acionamentos virtuais em 2025

emergencia MG Governo de Minas
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Apenas neste ano, as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros já foram acionados quase 50 mil vezes de forma virtual, em todo o estado, por meio do Emergência MG. O projeto, iniciado em 2023, chegou a todo o estado, incluindo Juiz de Fora e região, no mês passado. Embora a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) ainda não tenha dados locais, o número de chamados estaduais – a maioria deles apenas em busca de informações – demonstra como os mais de 20 milhões de residentes mineiros estão aderindo à novidade. Em 2024, foram 110.791 interações, enquanto de janeiro até 11 de abril foram contabilizadas 46.548.

O acionamento das forças de segurança pública via internet pode ser feito de três formas: pelo MG App – aplicativo do Governo de Minas, pelo Telegram (buscando na lupa por Emergência MG) e pelo site. A iniciativa, pioneira no país, não pretende substituir os tradicionais telefones de emergência 190 (PM), 193 (bombeiros) e 197 (Polícia Civil), mas ser uma ferramenta alternativa de apoio e um canal inclusivo, pois pode ser utilizado por pessoas surdas. Além de contar com chat virtual, a tecnologia possibilita, de forma segura, o compartilhamento de localização, o envio de fotos e a realização de videochamadas para relatar situações de emergência, como um bebê engasgado ou uma violência doméstica.

O superintendente de Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, destaca que o Emergência MG atua em duas frentes: como atendimento de emergência, que é sua principal função, e como canal de informação sobre os serviços prestados pelas forças de segurança. “Orientamos sempre as pessoas a não deixarem para conhecer o Emergência MG quando precisarem, porque pode não dar tempo de pesquisar. Já tenham o endereço salvo como favorito ou baixem o aplicativo MG App e entrem no sistema com um clique, ou baixem o Telegram. Encorajamos a ver como funciona a experiência.”

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Bernardo ressalta a importância do canal por permitir o atendimento de pessoas surdas e também de quem não pode se expressar pela voz, dependendo da situação que está vivendo, como uma mulher vítima de violência doméstica. “O agressor pode estar dormindo ao lado ou ela pode estar no banheiro. Uma vítima de sequestro relâmpago pode estar dentro do porta-malas do carro, sem poder usar a voz.” Ainda segundo ele, a ligação de vídeo permite, por exemplo, que bombeiros repassem as orientações corretas no caso de uma criança engasgada.

Ainda conforme o superintendente, o serviço de informações é bem acessado, inclusive em escala maior do que as solicitações de emergência. “Um robô tem todas as informações das polícias e dos bombeiros. Não precisa ligar nos números de emergência para isso.” Segundo ele, essa opção desafogou os chamados telefônicos, que continuam sendo os favoritos na hora do aperto. “Nunca vão concorrer, porque é um meio mais rápido de falar, e não temos como objetivo substituir as ligações, mas dar uma alternativa nas situações em que ligar não é possível ou não é a melhor alternativa.”

Para exemplificar a funcionalidade da ferramenta virtual, Bernardo conta que um denunciante chegou a mandar pelo Emergência MG fotos de traficantes armados, no momento em que ocorria a situação. “O objetivo não é ser canal de denúncia, mas a pessoa pode mandar alguma informação de crime que está acontecendo.” Ele alerta, entretanto, que o canal  não garante anonimato, como assegura o número 181, do Disque-Denúncia Unificado (DDU). “A diferença é que o 181 não promete celeridade. Garante anonimato, mas não é um canal de emergência.”

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