PIB de Juiz de Fora supera R$ 23 bilhões e PIB per capita chega a R$ 43 mil, diz IBGE

IBGE divulgou dados referentes a 2023 nesta sexta-feira 


Por Tribuna

19/12/2025 às 13h28

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) de Juiz de Fora alcançou R$ 23,27 bilhões em 2023, considerando valores a preços correntes. O resultado reforça a posição do município como um dos principais polos econômicos da Zona da Mata mineira.

De acordo com o levantamento, o PIB per capita do município foi de R$ 43.035,36 no mesmo período. O indicador representa a média da riqueza produzida por habitante ao longo do ano e é utilizado para avaliar o nível de atividade econômica local, embora não reflita, de forma direta, a distribuição de renda.

Com esse desempenho, Juiz de Fora responde por cerca de 2,4% do PIB total de Minas Gerais, estimado em aproximadamente R$ 972 bilhões. O dado evidencia a relevância da economia juiz-forana no contexto estadual, especialmente nos setores de comércio, serviços, educação e saúde, que historicamente concentram grande parte da atividade econômica do município. 

Os números fazem parte das Contas Regionais divulgadas pelo IBGE nesta sexta-feira (19) e servem de base para políticas públicas, planejamento urbano e análise do desenvolvimento econômico municipal. 

Dez municípios concentram 24,5% da riqueza do Brasil 

A pesquisa também mostrou que apenas dez municípios concentraram 24,5% de toda a riqueza produzida no Brasil em 2023. O resultado evidencia a concentração econômica no país, com forte peso das grandes cidades, especialmente capitais estaduais.

Entre os municípios com maior participação no PIB nacional naquele ano, São Paulo liderou com 9,7% do total, seguido por Rio de Janeiro (3,8%) e Brasília (3,3%). Na sequência aparecem Maricá (RJ), Belo Horizonte, Manaus (AM), Curitiba (PR), Osasco (SP), Porto Alegre (RS) e Guarulhos (SP), todos com participação entre 0,9% e 1,2%.

Na comparação entre 2022 e 2023, os municípios que registraram as maiores perdas de participação no PIB nacional tinham economias fortemente ligadas à exploração de petróleo. Maricá apresentou a maior queda, de 0,3 ponto percentual, seguida por Niterói e Saquarema, ambas no Rio de Janeiro, com retração de 0,2 ponto percentual. Também registraram perdas Ilhabela, em São Paulo, e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, com redução de 0,1 ponto percentual cada.

Segundo o IBGE, esse movimento contribuiu para a desaceleração da desconcentração econômica no país. A participação dos 5.543 municípios que não são capitais recuou de 72,5% em 2022 para 71,7% em 2023. No sentido oposto, as 27 capitais brasileiras ampliaram sua fatia no PIB nacional, passando de 27,5% para 28,3%. O instituto lembra que 2022 havia marcado o menor nível de participação das capitais na economia brasileira.

O desempenho do setor de serviços foi o principal fator responsável pelo aumento da participação das capitais no PIB em 2023. O município de São Paulo registrou o maior ganho, com avanço de 0,4 ponto percentual. Também tiveram crescimento Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro, cada uma com acréscimo de 0,1 ponto percentual.

Os dados mostram ainda que, em 2023, os 25 municípios mais ricos do país concentravam 34,2% do PIB brasileiro. Quando considerados os 70 municípios com maior geração de riqueza, o percentual sobe para 47,5%. Já os 100 municípios mais ricos responderam por 52,9% de toda a economia nacional no período analisado.

Saquarema com maior PIB per capita do Brasil

Em 2023, o município de Saquarema, no Estado do Rio de Janeiro, registrou o maior PIB per capita do País: R$ 722.441,52, puxado pela extração de minério de ferro. No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 53.886,67.

No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou São Francisco do Conde, na Bahia, seguido por Maricá (RJ), Paulínia (SP), Presidente Kennedy (ES), Ilhabela (SP), Santa Rita do Trivelato (MT), Louveira (SP), São João da Barra (RJ), Extrema (MG) e Gavião Peixoto (SP).
Segundo o IBGE, as seis primeiras posições no ranking de PIB per capita estão vinculadas ao petróleo, seja via extração seja via refino.

No extremo oposto, o município de Manari, em Pernambuco, tinha o menor PIB per capita do País: R$ 7.201,70.

O Maranhão concentrava outros quatro municípios na lista dos cinco mais baixos: Nina Rodrigues (MA), com R$ 7.701,32; Matões do Norte (MA), com R$ 7.722,89; Cajapió (MA), com R$ 8.079,74; e São João Batista (MA), com R$ 8.246,12.

Entre os Municípios das Capitais, Brasília (DF) teve o maior PIB per capita, com R$ 129,8 mil, que é 2,41 vezes maior que a média nacional.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.