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Agente penitenciária detida está em prisão domiciliar

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A agente penitenciária de 30 anos presa em flagrante no último sábado durante seu trabalho de revista a visitantes dentro do Ceresp está em prisão domiciliar. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) nesta terça-feira (19). A servidora efetiva desde 2013 é suspeita de ter facilitado a entrada de materiais ilícitos, como drogas e celulares, na unidade destinada a presos provisórios situada no Bairro Linhares, Zona Leste de Juiz de Fora. Ela chegou a ser encaminhada à Penitenciária José Edson Cavalieri (Pjec) ao ter o flagrante confirmado pela Polícia Civil, mas foi para casa após decisão judicial. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o caso está na 3ª Vara Criminal.

Já a mulher de 46 anos que teria tentado entregar os objetos ilegais ao filho preso, 26, permanece, nesta terça, acautelada na Pjec à disposição da Justiça, conforme a Seap. Ela foi flagrada transportando dentro de potes de alimentação dois celulares, equipados com chips e carregadores, além de oito tabletes de maconha, uma pedra de crack e um pacote de substância pastosa não identificada.

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que a agente penitenciária já vinha sendo monitorada pelo setor de inteligência da unidade. Se a participação dela no esquema for confirmada, ela responderá administrativa e criminalmente. A direção-geral do Ceresp instaurou uma investigação preliminar para apurar o fato, e as investigações criminais estão à cargo da Polícia Civil.

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Denúncias de facilitação

De acordo com informações do boletim de ocorrência já havia denúncias de “facilitação de entrada de ilícitos” no Ceresp, e o procedimento de revista no dia de visita foi reforçado, ficando um funcionário com um detector de metais para passar nas sacolas de alimentação de cada visitante na entrada da carceragem. No dia do flagrante, a mulher suspeita chegou por volta das 9h e teve seus pertences vistoriados pela agente que acabou presa. As próprias câmeras do sistema prisional mostraram que a servidora, aparentemente, não encontrou ilícitos. Em seguida, a mulher foi submetida à revista pessoal por meio do equipamento body scanner, o qual não constatou irregularidades.

Ao se aproximar da entrada da carceragem para encontrar o filho, no entanto, a visitante foi surpreendida por nova equipe de segurança, que voltou a submeter as sacolas ao detector de metais. Diante de uma sinalização positiva do equipamento, a mulher foi redirecionada à portaria, onde a mesma agente penitenciária voltou a olhar os potes de alimentos, sem sinalizar qualquer problema. No entanto, como o detector continuava acusando a presença de material metálico, outro servidor fez a verificação manual dentro dos recipientes, localizando os celulares e os entorpecentes.

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