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Prefeitura determina prazo para desocupação de pontos de feiras

feira livre felipe couri

Cerca de 100 barracas de produtos da agricultura familiar e artesanato ocupam a Praça Antônio Carlos toda semana (Foto: Felipe Couri/Arquivo TM)

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A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) publicou, no último sábado (16), uma notificação para os não contemplados pelo Edital Feiras Livres. O aviso, assinado pela Secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fabiola Paulino da Silva, diz que todos precisam desocupar os pontos de feira que ocupam até o dia 15 de janeiro de 2024, sem possibilidade de prorrogar o prazo.

O comunicado foi feito um dia após o Ministério Público arquivar o procedimento investigatório da licitação. De acordo com o órgão, não houve nenhuma prova de que as unidades das feiras teriam sido direcionadas para determinados concorrentes, e “a eventual falha na orientação sobre documentação foi sanada com as diligências realizadas na forma autorizada em lei”.

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No mesmo dia do aviso, também foram publicados os resultados de 20 recursos apresentados para contemplação no edital. Nenhum deles foi aceito.

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A Tribuna entrou em contato com o Ministério Público de Minas Gerais e aguarda retorno. O questionamento foi sobre qual teria sido a proposta apresentada pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de permissões de novas unidades nas feiras, em reunião agendada para esta segunda-feira, conforme havia sido informado pela assessoria na última sexta-feira.

A Associação dos Profissionais Produtores e Feirantes de Juiz de Fora (Approfeira) também foi procurada, para informar quantas pessoas teriam que desocupar seus espaços, se a data já era conhecida pela associação e como ela enxerga o prazo, mas o jornal não obteve resposta até a publicação desta matéria.

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Entenda

No dia 30 de outubro, em uma audiência pública na Câmara Municipal de Juiz de Fora, foi levantada a possibilidade de que servidores públicos tivessem interferido no edital, em ações como conferência de documentos e opiniões quanto à concorrência, o que fere os princípios da licitação. Tanto a promotora de Justiça Danielle Vignoli quanto a secretária de Governo, Cidinha Louzada, orientaram que as denúncias fossem apresentadas ao Ministério Público.

Já no dia seguinte, o órgão teria pedido que a Prefeitura publicasse um comunicado esclarecendo que não houve determinação de cassação ou de paralisação dos trâmites mas, sim, a exposição da Promotoria de Justiça de que seria possível converter a decisão dos recursos em diligência, após informações falsas terem sido divulgadas em redes sociais.

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