A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) confirmou, nesta terça-feira (18), por meio de boletim epidemiológico, três novas mortes em decorrência de dengue, somando sete óbitos confirmados em Juiz de Fora neste ano. Além destes, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) investiga, ainda, seis notificações por suspeita de morte de dengue informadas pela Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, sendo quatro mais recentes. Apesar dos números, Juiz de Fora não foi contemplada pelo incentivo financeiro em edital publicado pelo Governo estadual na segunda (17), e continua sem data para utilizar o fumacê.
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Os novos óbitos por dengue confirmados nesta terça dizem respeito a duas mulheres idosas e uma adulta, conforme a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora. Das idosas, uma tinha 79 anos, morava no Bairro Benfica, Zona Norte, e apresentava quadro de hipertensão; a outra, 78 anos, residia no Bairro Nova Era, na mesma região, e tinha diabetes. A terceira vítima é uma mulher adulta, 28 anos, que morava no Bairro Eldorado, Zona Nordeste. Hipertensão e diabetes são considerados fatores de risco para agravamento de casos da doença.
Já dentre as seis notificações de morte suspeitas ainda em investigação, quatro são recentes e foram registradas nos últimos dias, sendo dois homens e duas mulheres. Um homem, 61 anos, morava no Bairro Progresso, região Leste, e possuía diabetes, além de doença autoimune e melanoma com metástases. Outro idoso, 63, residente do Bairro Santa Helena, região central, tinha hipertensão arterial grave e fazia uso contínuo de medicamentos. Entre as mulheres, uma delas, 85 anos, residia no Manoel Honório, na Zona Leste, e sofria de hipertensão arterial, doença renal crônica e amputação de ambos os membros inferiores. A outra, 87, moradora do Cascatinha, na Zona Sul, sofria de hipertensão arterial, demência e cardiopatia crônica.
Conforme a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, apesar das novas notificações de mortes suspeitas por dengue, há uma tendência de redução no número de casos, em razão da diminuição das temperaturas. “O aumento observado no boletim não significa que foi de uma semana para outra. Como há um atraso do Estado para que os resultados do exame de sorologia sejam divulgados, os dados estão entrando aos poucos no sistema. Alguns resultados, de um mês atrás, estão chegando agora. (…) É importante ressaltar que, além do atraso, as pessoas que foram picadas, nesta última semana, ainda poderão apresentar os sintomas, já que existe o período de incubação do vírus”, pontua a pasta, em nota.
Nesta quarta (19), cerca de 30 profissionais realizarão uma força-tarefa, a partir de 8h30, na Rua José Inácio Trindade, no Bairro Ladeira, na Zona Leste, para retirar entulhos da região, em ação da Sala de Operações da Dengue.
Verbas e carro fumacê
O Estado de Minas Gerais está em alerta epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Dos 421.832 casos confirmados e suspeitos de dengue em Minas – sendo 77 mortes -, Juiz de Fora soma 3.165 notificações prováveis; a incidência no município é de 560,86 suspeitas para cada cem mil habitantes, considerada muito alta incidência. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado nesta terça.
Em razão das novas confirmações de óbitos e do aumento dos casos prováveis, a Tribuna questionou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) sobre a inclusão de Juiz de Fora nos editais para verbas de combate à dengue. Em nota, a SES informou que o município não foi ainda contemplado porque, no último período avaliado, não atingiu a classificação de alta ou muita incidência para a dengue.
“(O último período avaliado) é o do boletim de 3 de junho, e que compreende as semanas epidemiológicas 18 a 21. Entre essas semanas, (o município) apresentou incidência de 120,5 casos prováveis por cem mil habitantes, ou seja, classificação de incidência média de risco para a doença.” A pasta deve divulgar, até 30 de junho, novas resoluções para repassar recursos financeiros. Em relação ao carro fumacê, a SES afirmou que a sua utilização em Juiz de Fora está ainda em avaliação.