O Comitê Municipal de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 autorizou, nesta quinta-feira (17), em reunião ordinária, o funcionamento, a partir deste sábado (19), do Parque da Lajinha. Na última semana, o Governo Romeu Zema (Novo) autorizara a reabertura de equipamentos culturais e ambientais em municípios categorizados na “onda amarela”. Apesar do sinal verde para o funcionamento do Parque da Lajinha, a reabertura do Parque Halfeld e do Parque do Museu Mariano Procópio foi vetada pelo colegiado, bem como as aulas presenciais do Colégio Militar e o avanço da Microrregião de Juiz de Fora para a onda verde do Minas Consciente. Assim, o prefeito Antônio Almas (PSDB) deve editar um novo decreto, previsto para ser publicado no Diário Oficial Eletrônico do Município no próximo sábado, para vetar a retomada de aulas presenciais tanto no Colégio Militar, quanto em instituições privadas e públicas municipais, estaduais e federais.
A reabertura do Parque da Lajinha, contudo, seguirá um protocolo elaborado, conjuntamente, pela Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) e pela Secretaria de Saúde visando a segurança dos usuários. A ideia inicial era de que o Parque da Lajinha funcionasse de terça a domingo, das 8h às 12h, com lotação máxima de cem pessoas, e a utilização de máscara durante toda a permanência no local. Além disso, os servidores devem monitorar a entrada do público por meio da aferição da temperatura dos visitantes. Contudo, o protocolo deve ser detalhado pela Prefeitura nesta sexta-feira (18).
Conforme o comitê, a reabertura do Parque Halfeld foi vetada porque, ao contrário do Parque da Lajinha, não é possível controlar o número de pessoas que transitam no local. O Parque da Lajinha, por exemplo, de acordo com o colegiado, permite ao Município controlar a entrada de visitantes por meio da portaria, o que é inviável fazer na região central de Juiz de Fora. Já o Parque do Museu Mariano Procópio demandaria um esforço operacional das autoridades públicas considerado inviável em um primeiro momento, como, por exemplo, o deslocamento de maior efetivo de profissionais para controlar o fluxo de pessoas. Neste caso, o entendimento segue o mesmo da última reunião do colegiado, quando a reabertura de equipamentos culturais e ambientais já estava na pauta do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19.
Self-service
Dentre as pautas discutidas nesta quinta, o colegiado apreciou uma solicitação do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Juiz de Fora para retomar o autosserviço de clientes nos estabelecimentos. A demanda, todavia, foi também negada pelo comitê, ou seja, os próprios funcionários dos restaurantes continuarão servindo os consumidores durante o atendimento conhecido como ‘self-service’.
Microrregião de Juiz de Fora permanece na onda amarela
Desde a última semana, a Microrregião de Juiz de Fora está autorizada pelo Comitê Extraordinário Covid-19 do Governo do Estado a avançar para os protocolos sanitários previstos na onda verde do Minas Consciente. Contudo, mais uma vez, o comitê municipal vetou a flexibilização. O programa estadual categoriza tanto as macrorregiões como as microrregiões do Estado conforme os índices epidemiológicos. Embora a Macrorregião Sudeste esteja classificada na onda amarela, a Microrregião de Juiz de Fora, por sua vez, estaria na onda verde.
De acordo com o colegiado, o avanço para a onda verde foi brecado uma vez que a média móvel de casos confirmados em Juiz de Fora cresceu em, aproximadamente, 70% entre 9 e 17 de setembro. “No dia 9 de setembro, o Município de Juiz de Fora confirmava, em média, 27 novos casos de Covid-19 por dia. Já nesta quinta, a média saltou para 46, um aumento de 70%. Logo, o comitê optou por manter os protocolos da onda amarela na Microrregião de Juiz de Fora.”
Aulas presenciais no Colégio Militar são impedidas
Outro assunto que entrou na pauta do colegiado foi o retorno das aulas presenciais do Colégio Militar, previsto para a próxima segunda (21). O cronograma apresentado indicava que a retomada seria escalonada, e os estudantes do ensino médio e dos dois últimos anos do ensino fundamental deveriam ser os primeiros a voltar, em dias alternados.
Por meio de informes publicados na página institucional, o Colégio Militar informou que o retorno seria amparado por protocolos sanitários testados, ensaiados e revisados, tendo como base orientações dos Ministérios da Defesa, da Educação e da Saúde, do Comando do Exército e do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx).
Apesar do posicionamento da instituição, as aulas presenciais foram vetadas pelo Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19. Inclusive, no decreto a ser editado por Almas, o veto deve ser estendido a escolas das redes públicas municipal, estadual e federal, bem como às escolas da rede privada de ensino. A tendência é que a PJF discuta junto ao Colégio Militar e às escolas particulares um protocolo para a reabertura dos estabelecimentos, o que, de acordo com o colegiado, ainda deve se arrastar por um tempo.