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Delegado conclui inquérito do triplo homicídio no Salvaterra

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A Delegacia Especializada de Homicídios concluiu, nesta sexta-feira (16), o inquérito que apurava o triplo homicídio ocorrido na casa situada atrás de um posto de combustíveis às margens da Avenida Deusdedit Salgado, próximo ao Parque da Lajinha, no Bairro Salvaterra, Zona Sul de Juiz de Fora. O autor do crime, 50 anos, acionou a Polícia Militar logo após atirar em duas tias, Maria José de Oliveira, 61 anos, e Maria Cristina de Oliveira Paes, 57, e no companheiro de uma delas, Walter Paes, 71. Conforme o delegado Rodrigo Rolli, o atirador também confessou os assassinatos e foi indiciado pelo triplo homicídio. A motivação teria sido uma desavença entre os envolvidos, que, segundo as apurações, teve início depois de uma briga por herança.

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Conforme Rolli, foram ouvidos diversos parentes das vítimas, que moravam no mesmo terreno, onde há uma entrada comum para quatro casas. O histórico anterior ao dia do crime, ocorrido no dia 7 de agosto, envolve cerca de 15 ocorrências, todas registradas depois de 2017. “Foi a partir da morte do pai do autor, em 2017, que as confusões tiveram início. Na maioria destes registros, que são de ameaça, vias de fato e atrito verbal, este homem aparece como autor. Mas em algumas, como a última delas, registrada dois dias antes do crime, ele aparece como vítima. Os parentes haviam colocado câmeras no terreno e fizeram uma gravação onde ele aparece supostamente com o órgão genital para fora do short. Ele alega que era uma corda pendurada e fez a ocorrência”, disse o delegado, destacando que o indiciado aponta este caso como o estopim para o crime. A perícia destas imagens ainda é aguardada pela Polícia Civil.

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Rodrigo Rolli afirmou que parentes das vítimas disseram que o atirador não concordava com a divisão do terreno, que tinha dez herdeiros. O suspeito, porém, afirma que era perseguido por um tio desde a morte do avô, em 1991. “O autor diz que este tio teria se mudado para o Rio de Janeiro, mas depois teria mandado Walter para Juiz de Fora para o representar em uma briga judicial, e Walter teria começado a namorar uma de suas tias e a ofender ele e sua mãe”, disse. O suspeito disse em depoimento que a arma usada no crime era de Walter, estaria em um carro do homem e foi pega pelo autor há cerca de oito meses.

Em depoimento, segundo Rolli, o atirador disse que iria vender a arma no dia do crime. Com o dinheiro, ele se mudaria para Goiás, onde mora um filho. “Ele afirma que tentou conversar com uma das tias que estava na varanda sobre o vídeo dele, mas ela se negou. Neste momento, ele entra na casa e se depara com Walter, que fala que ele estava preso por invasão a domicílio. Segundo ele, por medo de ser preso, ele começa a atirar, mas não se lembra da dinâmica do crime”, comentou. O delegado apontou que ninguém trouxe provas ou relatos de que ele teria doença mental, como foi levantado do dia do crime. O homem foi indiciado por triplo homicídio duplamente qualificado e permanece preso.

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