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ETE União-Indústria será operada com apoio da UFJF

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A operação da unidade, no Bairro Granjas Bethel, deveria ter sido iniciada em março (Foto: Leonardo Costa/Arquivo TM)
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Para garantir segurança e obter conhecimento técnico no início da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União-Indústria, no Bairro Granjas Bethel, Zona Sudeste, a Cesama formalizou um convênio de apoio e acompanhamento durante o processo com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Como a Tribuna divulgou na edição de terça-feira (11), a operação da unidade seria iniciada em março do ano passado. Entretanto, problemas durante as fases de testes impediram o cumprimento do cronograma e, por esta razão, a unidade só deverá receber efluentes a partir de agosto. Segundo a companhia, o convênio, firmado com a instituição em abril, prevê acompanhamento por 24 meses, sendo de fundamental importância para garantir “que o processo cumpra as exigências ambientais de entrada em operação de um equipamento deste porte”.

De acordo com o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral, quando a ETE iniciar seu funcionamento, a empresa responsável por sua construção deverá ser também encarregada por sua operação durante determinado período, a fim de garantir a funcionalidade prevista no projeto. Em contrapartida, técnicos da Cesama acompanham o processo para, posteriormente, darem continuidade ao trabalho. Durante esta fase de “entrega” da unidade ao município, entretanto, podem ocorrer dúvidas ou mesmo discordâncias quanto ao seu funcionamento. Desta forma, o convênio formalizado com a UFJF dará apoio no acompanhamento da operação assistida e o startup com esgoto no reator da estação.

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Ainda segundo Amaral, a companhia optou por firmar o acordo com a UFJF por conta de diversos motivos, entre eles, o fato de a instituição contar com “profissionais gabaritados” com conhecimento em tratamento de esgoto. “Nossa região tem características de temperatura que interferem no tratamento, e os acadêmicos da UFJF conhecem estas especificidades”, explicou.

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Projeto multidisciplinar

O acordo não determina o número de profissionais que irá atuar na operação, entretanto, além dos pesquisadores da UFJF, alunos bolsistas e estagiários de diferentes departamentos da instituição poderão se envolver no projeto. “Essa gestão será feita pela equipe da UFJF. Na medida em que a ETE demandar uma necessidade, eles acionam internamente”, explica Amaral. “É um trabalho multidisciplinar. Por isso a vantagem de se fazer um convênio com a universidade. Provavelmente, se fizéssemos um contrato com uma consultora, isso ficaria muito limitado.”

Segundo o professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFJF e subcoordenador do convênio entre a instituição e a Cesama, Edgard Dias, o projeto foi elaborado de maneira conjunta. A ideia é otimizar o funcionamento da ETE União-Indústria, por meio do apoio no início das atividades da unidade, a fim de evitar problemas futuros.

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Ainda conforme o pesquisador, o trabalho na estação de tratamento trará benefícios para a Cesama, bem como para os professores e alunos da universidade que devem integrar o projeto. “Haverá um desenvolvimento de pessoal e crescimento desses alunos, até mesmo dos próprios professores envolvidos que, obviamente, vão aplicar conhecimento, mas, querendo ou não, nós acabamos aprendendo muito também com a realidade”, destaca. “Acredito que o principal benefício geral é tentar melhorar as condições de tratamento e, consequentemente, do meio ambiente e qualidade de vida da população”, acrescenta.

A estação

A ETE União-Indústria foi projetada para receber o esgoto gerado em Juiz de Fora desde o Bairro Santa Terezinha, na Zona Nordeste, até a Vila Ideal, na região Sudeste. Quando estiver em operação plena, a unidade será responsável por receber 65% do efluente gerado na cidade, constituído, atualmente, por 1.200 litros por segundo de esgoto. Desse total, apenas 10% são tratados, por meio das ETEs dos bairros Barreira do Triunfo e Barbosa Lage, ambas na Zona Norte. Conforme a Cesama, essas duas unidades devem passar, ainda, por um processo de ampliação de capacidade, para elevar os atuais 10% para 30% recebido no município.

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