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Construção da Escola Sesi na Zona Norte aguarda leilão do Granbery

escola sesi
Escola Sesi seria construída no Bairro Mariano Procópio (Foto: Felipe Couri)
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No início de 2023, o projeto de construção da Escola Sesi, em terreno próximo ao Shopping Jardim Norte, no Bairro Mariano Procópio, foi aprovado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Mas, até o momento, as obras do empreendimento não tiveram início. A previsão, conforme divulgado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) na época, era de que os trabalhos fossem iniciados em agosto do mesmo ano e finalizados após 18 meses, com início das aulas no primeiro semestre de 2025. No entanto, a atual situação da Escola Sesi é indefinida. 

De acordo com a Fiemg, o projeto enfrenta uma adequação e, além disso, a instituição irá realizar uma proposta para compra do Colégio Granbery no próximo leilão, marcado para o dia 23 de maio. Caso a intenção seja efetuada, a Escola Sesi passará a funcionar nas dependências do Granbery. 

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Confira a nota da Fiemg na íntegra: 

“O Sesi é a maior rede de educação básica privada do estado, porém não há uma unidade em Juiz de Fora, umas das cidades mais importantes de Minas Gerais. 

Dessa forma, pretendemos implantar uma escola para atender os alunos que já estão matriculados no Instituto Metodista Granbery e ofertar novas vagas. O SESI dispõe de uma proposta pedagógica de vanguarda e, se houver êxito nessa aquisição, Juiz de Fora ganhará uma escola portadora de futuro para sua população.” 

De acordo com o edital do leilão, a proposta do SESI para a compra do Instituto Metodista Granbery será de R$ 61,5 milhões. O objetivo é adquirir o prédio histórico e mais dois prédios em anexo, além de parte do Centro de Educação Física e Esportes (Cefe) – tombado no começo do ano pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac) de Juiz de Fora. O Sesi é o Stalking Horse do leilão, ou seja, o primeiro lançador e fixador do preço mínimo do certame.

À Tribuna, a assessoria do Colégio Granbery confirmou que o valor do leilão é de R$ 61,5 milhões, bem como que o colégio e parte do Cefe serão leiloados. Ainda conforme a instituição, o imóvel e a operação do ensino básico estão sendo vendidos. Caso o leilão se concretize, não haverá alteração nas aulas neste ano e, em 2025, a administração passaria a ser da Fiemg. 

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Colégio Granbery pode ser comprado pela Fiemg em leilão previsto para o fim do mês (Foto: Fernando Priamo/Arquivo TM)

Relembre o projeto da Escola Sesi na Zona Norte 

O projeto da Escola Sesi, inicialmente idealizado para a Rua Francisco Romanelli, na Zona Norte, atenderia cerca de 2 mil alunos, do ensino fundamental I, II e ensino médio. A estrutura contaria com quatro pavimentos, 35 salas de aula, cinco laboratórios, quatro salas para monitoria, duas salas de uso livre, biblioteca, brinquedoteca e ginásio.

Para instalar a instituição, a Fiemg pretendia realizar investimento de R$ 50 milhões. Em entrevista à Tribuna, publicada em abril do ano passado, o presidente da Fiemg Regional Zona da Mata e do Sindipan-JF, Heveraldo Lima de Castro, destacou que ansiava por esse empreendimento

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População se manifestou a favor do tombamento 

No final de outubro do ano passado, a direção do Instituto Metodista havia confirmado o leilão de parte do terreno que abriga o complexo esportivo do Colégio Granbery como medida do plano de recuperação judicial da Educação Metodista. No entanto, a notícia gerou repercussão em meio à comunidade granberyense e juiz-forana, o que resultou em reuniões extraordinárias do Comppac para avaliar o processo de tombamento, que corria desde 2016, culminando em um abaixo-assinado com mais de 5.600 assinaturas a favor do tombamento. 

No fim de outubro, às vésperas de a votação retornar à pauta do Comppac, a Funalfa esclareceu que, segundo a legislação, a venda do imóvel não é vedada quando um bem é tombado ou está em processo de tombamento; no entanto, não podem ser feitas modificações no mesmo. Se o bem fosse tombado, a lei, portanto, não iria permitir a proposta da SOIP Incorporações e Vendas, empresa juiz-forana que chegou a ser proponente do leilão previsto para fevereiro, que era a de construir um conjunto imobiliário “comercial e sustentável”, com ambientes abertos e de uso público, como praças, conforme publicação. 

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No dia 15 de janeiro deste ano, o Comppac decidiu pelo tombamento do Cefe com nove votos a favor e quatro contra, após mais de dois meses de discussão e parecer favorável do relator, Ignacio Delgado, também secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação de Competitividade (Sedic) da PJF. A medida foi tomada em sanção tácita, que permite a promulgação decorrente do silêncio do chefe do Poder Executivo durante o prazo de 15 dias úteis sobre projeto aprovado pelo Poder Legislativo, o que ocorreu no caso, já que a prefeita Margarida Salomão (PT) não se pronunciou sobre a situação. 

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