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Polícia Civil instaura inquérito sobre golpe envolvendo planos de saúde

foto rolli by divulgacao

(Foto: Divulgação/PCMG)

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A 3ª Delegacia de Polícia Civil abriu inquérito para investigar um suposto golpe envolvendo venda de planos de saúde, que seria cometido por uma mulher de 44 anos em Juiz de Fora. O caso, revelado pela Tribuna no último dia 4, tem 52 vítimas identificadas pela PC, e, até o momento, a Polícia aponta aproximadamente R$ 600 mil de prejuízo contabilizado. De acordo com as investigações, outros municípios mineiros e do Rio de Janeiro também teriam registrado vítimas do crime. O golpe envolve a operadora Unimed Juiz de Fora, que também é considerada vítima do esquema.

Procurada pela Tribuna, a Unimed afirma, através de nota, que continua colaborando com as autoridades policiais. Também solicita que todas as vítimas do golpe procurem, diretamente, a operadora, a fim de que seja feita a análise de cada caso.

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Segundo o titular da 3ª Delegacia, Rodolfo Rolli, o inquérito foi enquadrado inicialmente como estelionato, na modalidade de crime continuado. Entretanto, as apurações da Polícia Civil indicam que há outras pessoas envolvidas, que estariam em conluio com a investigada que aplicava os golpes. “Nós já temos o nome de ao menos três que, possivelmente, estão envolvidos neste golpe (…). Vamos tentar enquadrar em associação criminosa para poder representar, a partir da semana que vem, pela prisão cautelar de todos”, explica o delegado.

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Segundo ele, o envolvimento dos demais suspeitos seria na intermediação do contato entre a empresa que fornece os planos de saúde e a suposta golpista. De acordo com as investigações, terceiros também estariam envolvidos no crime, inclusive fornecendo máquinas de cartão de crédito para efetuar as vendas dos planos. O golpe, inicialmente, abrange pelo menos as cidades de Guarani, Ubá e Mendes (RJ).

Medida cautelar

Ouvida pela Polícia Civil, a mulher de 44 anos teria confessado a prática criminosa. No entanto, ela teria entrado com medida cautelar na Justiça para impedir a prisão preventiva, ferramenta que será motivo de contestação pela delegacia. “Ela fez essa interdição para tentar evitar ser presa e responder criminalmente. Nós vamos tentar derrubar essa interdição judicialmente, demonstrando ao judiciário que ela utilizou um artifício para furtar da ação da Polícia Civil”, conta o delegado. A depender do andamento das apurações, Rolli afirma que pretende pedir a prisão preventiva da suposta golpista e das demais pessoas que estariam envolvidas na prática.

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Até o momento, dez vítimas foram ouvidas pela Polícia Civil. A PC orienta que as demais vítimas de Juiz de Fora procurem a delegacia situada no Bairro Santa Terezinha. A representação é necessária para que seja feita a apuração dos fatos pela corporação.

O caso

O suposto caso de estelionato foi revelado pela Tribuna no último dia 4. Na ocasião, diversas pessoas acusaram a mulher de aplicar golpe envolvendo planos de saúde. A acusada, segundo as denúncias, se apresenta como corretora e oferece convênios para os clientes. Após ganhar a confiança das vítimas, ela estaria deixando de realizar os pagamentos das mensalidades e se apropriando do dinheiro. Entre as pessoas ouvidas pela reportagem, os prejuízos chegavam a passar de R$ 60 mil.

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Na ocasião, a Tribuna ainda teve acesso a cinco Registros de Eventos de Defesa Social (Reds) realizados junto à Polícia Militar, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, nos quais a mesma mulher é apontada pelas vítimas como autora de crimes de estelionato envolvendo planos de saúde. Em todas as ocorrências, as dinâmicas de abordagem e de aplicação dos golpes são semelhantes.

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