Um influenciador digital de 27 anos, com cerca de 500 mil seguidores nas redes sociais, foi preso nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Juiz de Fora. Conforme a corporação, ele estaria envolvido com rifas ilegais na modalidade sorteio, falsidade ideológica e práticas de crimes contra as relações de consumo. A PCMG localizou o suspeito por meio de denúncias anônimas feitas após a Operação Provérbios 16:18, que prendeu sete influenciadores digitais de Juiz de Fora, entre eles, Wesley da Silva Alves Pereira, em novembro do ano passado.
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Conforme a Polícia Civil, o suspeito ostentava uma vida luxuosa e oferecia como serviço em suas redes sociais um suposto “robô”. Este equipamento seria capaz de realizar operações econômicas no mercado de opções binárias, mas não haveria qualquer licença ou regulamentação legal para utilização da ferramenta. As informações da PCMG apontam que o suposto maquinário era vendido por R$ 1 mil.
Por meio da assessoria da PCMG, o delegado responsável pela ação, Márcio Rocha, explicou que “opções binárias são operações baseadas na subida ou descida dos preços por um período de tempo, determinado pelo negociador. Pode ser uma operação em ações internacionais, em pares de moedas, em índices bolsistas, em commodities, entre outros”.
Ainda conforme a Polícia Civil, além de não possuir qualquer licença para realizar tais operações e vender os robôs, as investigações policiais identificaram que a plataforma em que o suspeito os oferecia não seria hospedada no Brasil, mas em um paraíso fiscal próximo ao Caribe, onde existem várias queixas de inadimplência contra a suposta corretora do influenciador.
A operação ainda resultou na apreensão de dois veículos de luxo. Segundo a polícia, o suspeito também é investigado por lavagem de capitais oriundos de seus crimes e por denúncias feitas por pessoas que se sentiram lesadas por cursos que ele oferecia. Ele foi encaminhado ao sistema prisional.