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Novos servidores da UFJF devem ser investigados

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Projetado para ter 342 leitos, complexo hospitalar está com obra parada desde 2015 (Foto: Fernando Priamo)

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Novos servidores da UFJF deverão ser alvo de investigação por possível participação nos episódios que levaram à prisão preventiva do ex-reitor Henrique Duque e outras quatro pessoas. O juiz da 3ª Vara Federal, Bruno Savino, acolheu representação do Ministério Público Federal para que as informações obtidas nos autos que apuram suposta prática de crimes no contrato de ampliação do novo hospital universitário sejam utilizadas para levantamento de atos de improbidade administrativa cometidos por servidores da universidade cujos nomes permanecem em sigilo. Os indícios de prática de graves infrações de ordem administrativa levaram a Justiça Federal a encaminhar cópia digitalizada dos autos para a UFJF, para o Tribunal de Contas da União (TCU) e para a Controladoria Geral da União, a fim de que essas instituições tomem as providências que entenderem cabíveis.

Diversos servidores públicos aparecem entre suspeitos de terem contribuído para que os desvios ocorressem. O que não se sabe até agora é como aceitaram ratificar informações que não condizem com a realidade. Muitos podem ter sido coagidos, enganados ou até mesmo terem colaborado voluntariamente nas fraudes que culminaram com a deflagração das prisões de três pessoas ligadas à UFJF e duas da construtora Tratenge Engenharia, que foi a vencedora da licitação para construção do novo hospital. Dos cinco presos, apenas o ex-secretário de assuntos jurídicos da UFJF, o advogado Nilson Leão, permanece preso no Ceresp desde o dia 21 de fevereiro, onde estava dividindo cela especial com outras nove pessoas.

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Em nota, a UFJF confirmou ter recebido os documentos e disse que, conforme recomendação do Judiciário, tudo transcorrerá em caráter sigiloso. “Os mesmos encontram-se na Procuradoria para análise. Quanto às informações, já foram encaminhadas para que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis”, informou a assessoria de imprensa. O juiz Bruno Savino foi procurado, mas não concedeu entrevista.

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A decisão é mais um desdobramento da Operação Editor, deflagrada pela Polícia Federal (PF) após o Ministério Público Federal (MPF) encontrar indícios de fraudes em licitação e concessão de vantagens contratuais indevidas, além de superfaturamento e peculato envolvendo as obras de ampliação do HU. Os crimes teriam resultado em prejuízo de R$ 19 milhões aos cofres públicos. As evidências de infrações funcionais são embasadas na constatação de que servidores da UFJF assinaram documentos posteriormente aos fatos em que ocorreram, o que caracteriza também crime de falsidade ideológica e de improbidade administrativa.

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