O Corpo de Bombeiros, em parceria com a Polícia Militar e a Defesa Civil de Juiz de Fora, realizou, na manhã desta quinta-feira (12), a “Operação Bateau Mouche”. A ação visou a desocupar um prédio interditado no Bairro Industrial, Zona Norte, que estava sendo utilizado irregularmente pelo proprietário e servia de habitação para cerca de 30 moradores. Segundo informações da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o imóvel, situado à rua Eliza de Araújo Braga, apresenta “danos estruturais que provocam risco de desabamento”.
Também de acordo com comunicado da PJF, “o proprietário descumpria a interdição e alugava os apartamentos de forma irregular, colocando os moradores em situação de risco”. A Prefeitura ainda argumentou que a operação desta quinta buscou garantir a segurança das famílias que residiam no local.
Em nota, a Secretaria de Assistência Social da PJF afirmou que monitora a situação. “Caso precisem de apoio da Prefeitura, as famílias que alugam apartamento no local foram orientadas a procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), onde cada situação será analisada e acompanhada”, assegura a pasta.
O 4º Batalhão de Bombeiros Militar ressaltou que, apoiado pela Polícia Militar e pela Defesa Civil, realizou a operação de evacuação dos moradores, que se fez necessário em virtude dos riscos apresentados pela edificação, que possui 45 apartamentos em quatro andares, sendo 19 deles ocupados. Ainda segundo os Bombeiros, entre os perigos estruturais da construção, havia risco de incêndio, precariedade e insalubridade das moradias e outras questões de caráter social, que demandaram uma maior atenção do Poder Público, objetivando a preservação da vida e a segurança dos moradores e da vizinhança local. A corporação também informou que todas as sanções punitivas foram realizadas anteriormente e, nesta quinta, houve a interdição da edificação por causa do risco iminente comprovado pelas autoridades competentes.
Em 2019, o Corpo de Bombeiros determinou a saída imediata das famílias que ocupavam o imóvel, conhecido popularmente como Bateau Mouche. Em 2 de janeiro daquele ano, após incêndio em um dos apartamentos, a Defesa Civil atestou o estado deteriorado da concretagem de corredores, dos acessos aos apartamentos e da ausência de guarda-corpo, extintores de incêndio e corrimão nas escadas.
Entretanto, a desocupação não obteve sucesso e, no dia seguinte, o Corpo de Bombeiros justificou que “muitas famílias alegaram não ter para onde ir”. Naquele momento, havia onze famílias morando no local, sendo que apenas um grupo familiar deixou o prédio. Na ocasião, o proprietário chegou a ser multado em R$ 46.956,20.