Com 96% de adesão, profissionais da educação param e pressionam PJF por acertos
Negociações do sindicato com a PJF buscam acerto de pagamentos e continuidade das nomeações de professores

Em assembleia realizada nessa terça-feira (10), o Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) aprovou, junto à categoria, as deliberações negociadas com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Na mesma data, houve paralisação das atividades por professores, secretários, coordenadores e diretores escolares da rede municipal, com adesão de 96% da categoria, segundo o sindicato.
Conforme divulgou a entidade, por meio de nota, na assembleia, realizada no Ritz Hotel, os representantes demandaram à Prefeitura o ressarcimento dos valores atrasados referentes ao vale-transporte, o acerto do pagamento do adicional salarial de 20% aos professores de apoio (PDA), a continuidade das nomeações, a retomada dos Laboratórios de Aprendizagem, a disponibilização gradual de vagas no CEM e CESU e a efetivação dos secretários escolares na Secretaria de Educação. Além disso, nesta reunião também foi autorizada a convocação de novas assembleias para o final de junho e para o mês de agosto.
A Tribuna questionou à PJF sobre a motivação dos atrasos de pagamentos, tanto dos vales-transporte, quanto do adicional de salário dos PDAs. Em nota, a gestão afirmou que os atrasos ocorreram devido ao alto número de contratações realizadas recentemente. “A situação já foi identificada, discutida e acordada com o sindicato da categoria. Os valores em atraso estão sendo regularizados e o pagamento já está em andamento.”
Também foi confirmado o acordo feito entre a Prefeitura e o sindicato quanto a novas nomeações, previstas para junho e agosto; a implementação dos Laboratórios de Aprendizagem, realizada a partir do ano letivo de 2026; e a disponibilização gradual de vagas nas unidades escolares Centro de Educação de Jovens e Adultos Doutor Geraldo Moutinho (CEM) e Centro de Estudos Supletivos (CESU) no processo anual de transferência. Além disso, a efetivação dos secretários escolares está em fase de estudo e planejamento pela Secretaria de Educação (SE) e pela Secretaria de Recursos Humanos (SRH).
Magistério municipal enfrenta problemas
Em fevereiro, a Tribuna publicou uma matéria revelando falta de professores na rede municipal, devido a problemas na contratação, e a sobrecarga de trabalho destes profissionais.
A situação afeta tanto os educadores, como também o cumprimento do horário de aulas, o aprendizado dos alunos e a rotina de pais e responsáveis. A ausência de professores de apoio, – tema debatido também em matéria da Tribuna, publicada essa semana -, professores de linguagens artísticas e a necessidade de substituições urgentes por outros professores também foram demandas levantadas à época.