O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, realiza visita ao Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) de Juiz de Fora nesta terça-feira (13) para avaliar a situação da unidade prisional. O titular da pasta estadual estará acompanhado por uma comitiva da Sejusp, em programação que não inclui compromisso público, de acordo com comunicado enviado à reportagem. Desde o último dia 31, o Ceresp está interditado em função de avarias encontradas na unidade.
A visita do secretário acontece cinco dias depois da vistoria realizada pela equipe técnica da Sejusp no Ceresp, ocorrida na última quarta-feira (7). Na ocasião, o grupo de engenheiros constatou a necessidade de um estudo de solo para determinar as causas das fissuras em algumas paredes do local, que motivaram o fechamento da unidade prisional e a transferência dos detentos no mês anterior.
Nesta segunda (12), a pasta estadual afirmou que ainda não é possível emitir um parecer técnico definitivo sobre o caso, mas reforçou que “até que o estudo esteja pronto e sejam realizadas obras no imóvel, a unidade segue desativada”. A secretaria também não colocou prazo para o retorno dos presos para o local, mas se comprometeu a divulgar outras informações após a visita do secretário Rogério Greco.
Transferência de 800 presos
No dia 31 de março, 800 presos do Ceresp foram transferidos para outras unidades prisionais da região. A medida ocorreu, segundo a Sejusp, após vistoria da Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que constatou avarias na estrutura advindas de abatimento de terra. A situação teria comprometido o fornecimento de energia elétrica.
No dia anterior à transferência, aconteceu o falecimento, por Covid-19, de um detento de 26 anos que estava preso na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, no complexo prisional do Bairro Linhares, Zona Leste, onde estão sediadas as duas unidades. Na ocasião da interdição da unidade prisional, a secretaria negou que a medida tivesse relação com a pandemia.
Nesta quarta, a Tribuna questionou a Sejusp se o período de interdição também serviria para a revisão dos protocolos sanitários da unidade prisional para oferecer mais segurança a detentos e trabalhadores do local. A secretaria, no entanto, não se posicionou sobre o assunto até o fechamento desta edição.