Outro adolescente de 15 anos foi acautelado no Centro Socioeducativo, na sexta-feira (11), por suspeita de envolvimento em um dos homicídios ocorridos nos últimos dias na Vila Esperança I, Zona Norte de Juiz de Fora. Desta vez, a Polícia Militar descobriu que o jovem estava escondido em uma residência da Rua Lima Duarte, em Benfica. Outros rapazes, de 14, 17 e 18 anos estavam na casa, e a PM precisou disparar um tiro de borracha para conter os ânimos, porque eles teriam tentado impedir a condução do adolescente.
O próprio suspeito também teria tentado fugir ao perceber a chegada dos militares. Ao ser questionado sobre o assassinato de terça-feira (8), quando Ilson Pires Ribeiro, 30, foi executado a tiros, o jovem confessou a autoria, segundo a PM. Ele disse ter matado o homem por já ter sido agredido por ele em data anterior. O adolescente teria atuado como comparsa do outro garoto da mesma idade apreendido um dia antes em uma casa abandonada na Rua João Ribeiro de Novaes, na Vila Esperança I.
Os dois suspeitos estão acautelados no Centro Socioeducativo por meio de mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara da Infância e Juventude. Os dois homicídios ocorridos em um intervalo de dois dias assustaram a população, principalmente pela suspeita de terem sido praticados por adolescentes.
Ilson foi alvejado por vários tiros, por volta das 22h, na Rua João Ribeiro de Novaes. Ele caminhava pela via junto com a namorada, 19, quando foi surpreendido pelas costas. Quando a vítima já estava caída no chão, os atiradores ainda teriam disparado mais vezes, à queima-roupa. Ele sofreu seis perfurações à bala nas costas e outras quatro no tórax.
No fim da tarde do último domingo (6), André Luiz de Azevedo, 39, foi executado na Rua Clementina de Jesus, também na Vila Esperança I. Ele conversava com o irmão quando foi baleado. Ao cair no chão, levou mais três tiros. Ele foi socorrido com três perfurações na cabeça e uma no peito, mas não resistiu. O primeiro adolescente apreendido teria participado do crime, junto com um comparsa, 14, que ainda é procurado.
Os casos seguem sendo investigados pela Delegacia Especializada de Homicídios, que também procura identificar os proprietários das armas de fogo utilizadas nos crimes.