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Tragédia no Torneio Leiteiro: PJF decreta luto oficial por três dias

prefeitura fernando priamo arquivo tm
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Após a confirmação da morte de uma criança de três anos, em decorrência do acidente que ocorreu no torneio leiteiro na madrugada do último sábado (9), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) decretou luto oficial por três dias na manhã desta segunda-feira (11). O anúncio foi feito por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, no qual a prefeita Margarida Salomão (PT) aparece assinando a medida.

Na publicação, a chefe do Executivo classifica os atropelamentos no evento como algo similar ao uso do carro como uma arma. Duas pessoas morreram e outras dez ficaram feridas. As vítimas fatais foram uma mulher de 56 anos, que morreu no local e uma criança de três anos. A menina, que estaria no colo da outra vítima fatal no momento do acidente, chegou a ser encaminhada para o hospital, mas morreu durante essa madrugada.

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Antes do decreto, a PJF havia emitido uma nota na manhã desta segunda em que atribuía à tragédia uma lição da necessidade de articulação entre as forças de segurança. O comunicado ocorre um dia depois de a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) também publicar posicionamento em nota, em que afirma ter solicitado, ao Executivo da cidade, um readequamento do horário de término do evento por causa da carência de efetivo após às 2h -recomendação não acatada pela Prefeitura, ainda de acordo com a corporação.

Segundo a Prefeitura, o acidente ocorreu no momento de dispersão da festa, quando o som já estaria desligado, em conformidade com o alvará expedido na última quarta-feira (6) pelo órgão responsável. “O alvará, solicitado pela Comissão Organizadora, tinha como subsídio documento da Polícia Militar, datado de 21 de agosto”, diz a nota.

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O documento acrescenta que ainda no dia 6 de setembro, a PM teria informado oficialmente a pasta que organiza o evento sobre a indisponibilidade de atuação após às 2h. Contudo, guardas municipais teriam sido chamados para reforçar o efetivo a partir desse momento, de acordo com nota.

“É possível extrair lições do ocorrido, para prevenir, no limite do possível, a repetição de semelhante infelicidade. Entre elas, a necessidade de melhor articulação entre as forças de segurança, que devem acompanhar a vida da cidade, seu potencial de desenvolvimento econômico e de atração turística, além do compromisso com um direito fundamental: o direito de as pessoas conviverem com tranquilidade e paz no ambiente público”, acrescentou a PJF no texto.

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Já para a PM, o que ocorreu foi uma desconsideração do alerta emitido pela corporação à Prefeitura. “O Comando do 27º BPM, temendo pela segurança do público, oficiou ao Ministério Público e à Prefeitura de Juiz de Fora, comunicando mais uma vez de sua limitação de efetivo, salientando que avisou a PJF antecipadamente que após 02:00 horas da madrugada não teria meios de manter policiamento no local, mas que mesmo assim a PJF insistia em manter o evento após esse horário”. Depois de notificar o MP, o órgão retornou à PM informando que não tinha atribuição de definir o horário do evento, cabendo a decisão ao Município. Já a Prefeitura não respondeu a notificação, ainda segundo a Polícia Militar.

Diante da tragédia, que ocorreu aproximadamente às 2h50, a PM foi acionada. E, segundo os militares, o motorista do carro que realizou os atropelamentos teve o crime de homicídio registrado. Ele foi levado em estado grave ao hospital, sob vigilância dos militares, depois de ter sido linchado pelo público do evento.

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