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Impasse em negociações pode levar rodoviários a nova greve

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As negociações entre os rodoviários e as empresas do transporte coletivo urbano de Juiz de Fora para a construção de um novo acordo coletivo de trabalho (ACT) seguem distantes de um desfecho. Ao passo que os consórcios defenderiam a redução de tíquete-alimentação e cesta básica, os motoristas e cobradores reivindicam a manutenção da integralidade destes benefícios, bem como a garantia de cumprimento de, no mínimo, 70% da jornada de trabalho e salários atuais, já que as concessionárias teriam proposto corte de 50% das horas trabalhadas. Após duas assembleias realizadas nesta terça-feira (11), os rodoviários ofereceram contraproposta aos consórcios Manchester e Via JF. Caso o impasse siga nesta quarta na mesa de negociações com os empresários, uma nova greve no transporte público pode ser aprovada pelos trabalhadores, na próxima quinta-feira (13), às 10h, em assembleia geral extraordinária. O movimento paredista pode ter início a partir do dia 20.

Não haverá definição sobre novo movimento paredista até a próxima quinta-feira (13), em assembleia geral extraordinária já convocada pelo Sinttro/JF (Foto: Fernando Priamo)

Entre 21 e 23 de julho, os rodoviários paralisaram as atividades do setor de transporte coletivo urbano por mais de 50 horas. Em edital publicado na Tribuna no último domingo (9), o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Juiz de Fora (Sinttro/JF) convocou a categoria para a assembleia geral extraordinária de quinta-feira. Além da provocação de um dissídio coletivo em razão da ausência de ACT para o período entre julho de 2020 e junho de 2021, a pauta prevê a “deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de 20 de agosto”.

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“Vamos ter uma reunião, amanhã (quarta-feira), às 10h30, com os empresários, e, depois, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) também. Se não chegarmos a um consenso, vamos fazer uma assembleia com os trabalhadores na quinta, onde já podemos tirar o indicativo de greve. Se a categoria não aceitar as propostas que eventualmente vierem – não sabemos se os patrões vão fazer uma nova proposta -, e decidir que vai pra greve, é greve geral ao menos até ser julgado o dissídio coletivo”, afirma o presidente do Sinttro, Vagner Evangelista.

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Conforme o líder sindical, a última proposta realizada pelas empresas de transporte coletivo urbano, que, segundo ele, incluiria o corte de benefícios, foi rejeitada pelos rodoviários. “Os empresários estão propondo cortar parte da cesta, parte do tíquete e iríamos trabalhar 50% da jornada apenas. Isso nós não aceitamos. Então, montamos a seguinte proposta: manutenção do plano de saúde e de todos os demais benefícios e trabalho de, no mínimo, 70% da jornada. Se trabalharmos mais, eles pagam mais. Se trabalharmos menos, eles pagam o piso de 70%. Se as empresas estão precisando de ajuda, vamos ajudar na ponta, não nos benefícios dos trabalhadores”, detalha.

À Tribuna, a Astransp, que representa o Consórcio Manchester e parte do Via JF, informou que “não vamos nos manifestar enquanto não forem esgotadas as tentativas de negociação com o sindicato”. A Ansal, que representa o Consórcio Via JF, não atendeu à reportagem até o fechamento desta edição.

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