Tradicional evento de Juiz de Fora, a última Missa do Impossível do ano agora faz parte do Calendário Oficial do Município. O projeto de lei, de autoria do vereador Marlon Siqueira (PP), havia sido aprovado em dezembro do ano passado, e a lei foi sancionada na manhã desta quinta-feira (11) pela prefeita Margarida Salomão (PT). O texto destaca que a cerimônia é uma manifestação cultural e religiosa de caráter popular que reúne milhares de fiéis anualmente na segunda semana de dezembro.
“A última Missa do Impossível do ano se mostra como uma grande atividade campal de caráter religioso e social, que reúne todos os anos dezenas de milhares de pessoas em uma cerimônia católica antes do encerramento do ano. O evento tem caráter regional, considerando que o público vem de várias cidades do entorno, além de Juiz de Fora”, argumentou o vereador na proposta.
A Missa do Impossível foi criada pelo Padre Pierre Maurício de Almeida Cantarino, para “mostrar às pessoas que nenhuma graça seria inalcançável aos olhos de Deus”. No início, a celebração acontecia em uma capela na Rua São João, Centro de Juiz de Fora. Em 2015, foi para a Paróquia de São José, no Costa Carvalho, onde se tornou popular. No ano passado, se transferiu para a Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Bonfim, com a edição derradeira realizada, de forma inédita, na Praça Antônio Carlos. Em 2024, a Missa completa dez anos de criação.
Última Missa do Impossível de 2023
Em 2023, a última Missa do Impossível do ano, realizada no dia 12 de dezembro, teve como tema “Pois para o coração de Deus, nada é impossível” e reuniu entre 25 e 30 mil fiéis, segundo a Arquidiocese de Juiz de Fora. Pelo YouTube do Padre Pierre, cerca de 10 mil pessoas assistiram ao vivo. A cerimônia teve cerca de duas horas de duração e foi realizada pela primeira vez na Praça Antônio Carlos, no Centro de Juiz de Fora.
Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial
Em maio de 2022, a lei 14.426 declarou a Missa do Impossível como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Município de Juiz de Fora. A celebração tornou-se o décimo patrimônio cultural imaterial de Juiz de Fora e o primeiro de caráter religioso, de acordo com o site da Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa).