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Polícia Civil localiza corpo de mulher desaparecida há 5 meses

claudia paiva destacada
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A Polícia Civil localizou nesta terça-feira (10) o corpo de uma mulher com as mesmas características de Claudia de Paiva Rezende Alves, 47 anos, moradora do Bairro Nova Era, Zona Norte de Juiz de Fora, desaparecida há mais de cinco meses. O ex-marido dela, Jaime Tristão Alves, 41, está preso no Ceresp desde o dia 8 de agosto por suspeita de feminicídio e ocultação de cadáver, mas o mistério em torno do paradeiro de Claudia permanecia. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rafael Gomes, o corpo, em avançado estado de decomposição, foi achado em uma mata às margens de uma estrada vicinal no Bairro Barreira do Triunfo, próximo à BR-040, na região Norte. Ainda conforme ele, o cadáver do sexo feminino estava com as mesmas roupas que a vítima usava quando foi vista pela última vez no Nova Era: calça jeans, blusa rosa e botas marrom.

Conforme o delegado, após os trabalhos periciais, o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). O reconhecimento formal deverá ser feito pela família. “O cadáver estava abandonado no mato e ainda estamos fazendo uma série de diligências para confirmar, mas, para nossa equipe que acompanha o caso, há 100% de chances de ser a Claudia”, comentou o delegado. Outros detalhes sobre a ação policial que resultou na localização da vítima e o andamento das investigações serão divulgados durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, na 1ª Delegacia Regional, em Santa Terezinha.

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Jaime foi denunciado pelo Ministério Público no início de novembro por feminicídio e ocultação de cadáver. O promotor Hélvio Simões Vidal informou que os filhos da vítima reconheceram a mãe entrando no carro do suspeito usando um body rosa, calça jeans, um casaco de cor preta e uma bolsa marrom. “Pelo conteúdo da prova testemunhal e das perícias constantes do Inquérito Policial, conclui-se que Jaime Tristão praticou feminicídio de Claudia de Paiva, fato consumado em 06/07/2019, após 16h54min50s, ocultando o cadáver da vítima em local indeterminado, fazendo desaparecer os vestígios materiais do crime.” A audiência de instrução do caso está marcada para a próxima sexta-feira, às 13h30, no Tribunal do Júri do Fórum Benjamin Colucci.

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O próprio ex-marido foi quem registrou o boletim de ocorrência comunicando o desaparecimento da ex-mulher no dia 6 de julho, mas teria caído em contradições. Após as suspeitas se recaírem sobre ele, o homem deixou a cidade, mas acabou preso pela Polícia Civil no dia 8 de agosto, em uma casa em Rochedo de Minas, município da Zona da Mata, situado a cerca de 54 quilômetros de Juiz de Fora. Na ocasião, conforme a polícia, ele tentou fugir pelos fundos da residência e teve que ser contido e algemado. “O objetivo da investigação agora é achar onde está Claudia, viva ou morta”, enfatizou o delegado Rafael na época. Ele representou pela prisão preventiva do suspeito, que sempre afirmou não ter qualquer envolvimento no sumiço da ex-esposa. Peritos encontraram, com uso da substância luminol, vestígios de sangue no carro de Jaime e na jaqueta que ele estaria usando no dia do sumiço. O material foi encaminhado para Belo Horizonte, para ser confrontado com o DNA de familiares de Claudia.

Ao chegar na delegacia após ser preso naquele dia, Jaime parou para falar com os jornalistas e afirmou não ter cometido qualquer crime contra sua ex-companheira. “Jamais faria isso. É a mãe dos meus filhos, que eu amo. Estou sendo acusado injustamente e vou provar minha inocência.” Ele ainda alegou ter fugido por estar com medo. O cerco contra ele foi fechado após a polícia conseguir mostrar, por meio de imagens de câmera de segurança, que Cláudia só poderia ter entrado no carro dele quando foi vista pela última vez no Nova Era, na Rua Eraldo Guerra Peixe. O local fica a uma quadra da casa onde ambos ainda moravam, apesar da separação.

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Ao ser confrontado com a filmagem, Jaime afirmou que a pessoa que havia entrado em seu carro era uma garota de programa. Anteriormente, entretanto, havia negado a presença de outra pessoa no automóvel, apesar das coincidências entre os trajetos dele e de Cláudia no mesmo horário, apontadas pela polícia. Também foi registrada uma ligação do celular dele para a vítima em horário próximo.

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Para a polícia, o suspeito se demonstrou totalmente frio e indiferente durante os depoimentos. Em vários momento se reservou ao direito de permanecer calado. O casal também tinha histórico de relacionamento conturbado. Claudia inclusive chegou a requerer medida protetiva e também havia registrado boletins de ocorrência contra Jaime por agressão física e ameaça.

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