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Prefeitura anuncia campanha solidária para combater a fome em Juiz de Fora

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Foto: FAO/Robert Atanasovski

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As instituições que promovem atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social em Juiz de Fora viram a demanda por alimentação aumentar em função do agravamento da pandemia, conforme a Tribuna mostrou em reportagem publicada no último domingo (4). Essa semana, a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Prefeitura iniciou um trabalho de articulação de esforços e divulgou o lançamento da campanha Juiz de Fora Solidária, previsto para a próxima terça-feira (13), às 17h.

O projeto parte de uma parceria com as secretarias de Assistência Social (SAS), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Turismo (Setur), chamada Mesa da Cidadania, que é um espaço idealizado pela prefeita Margarida Salomão para unir prefeitura e sociedade no combate à fome. A mobilização conta, também, com a participação de representantes de instituições assistenciais, órgãos públicos, setores empresariais e do comércio.

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A iniciativa planeja realizar um Dia D para arrecadação de doações, que deve ser realizado na quarta-feira (14). Haverá postos de coletas espalhados pela cidade em praças, escolas, drive-thru, mercados, postos de gasolina, e nas instalações do Corpo de Bombeiros.

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A intenção é a de direcionar a coleta, transporte, armazenamento e distribuição de donativos para instituições cadastradas no projeto. O Serviço Social do Comércio da Zona da Mata (Sesc), por meio do Programa Mesa Brasil apoiará o trabalho com a logística operacional de distribuição. As instituições juiz-foranas que ainda não fazem parte do Mesa Brasil Sesc também podem fazer o cadastro.

Durante a reunião realizada nessa quinta-feira (9), a prefeita Margarida Salomão ressaltou a expectativa de que a população consiga, por meio do movimento de solidariedade, ajudar a mitigar esse sofrimento, que tem se agravado. O secretário de Direitos Humanos, Biel Rocha, reiterou que esse é um problema que a Prefeitura não consegue resolver sozinha e lembrou que as instituições estão vendo a demanda aumentar e, ao mesmo tempo, o número de doações diminuir.

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Instituições não conseguem chegar a todos

O Fórum 8M de Mulheres, Entidades e Coletivos Feministas de Juiz de Fora trabalha na segunda fase da campanha: “Se puder, fique em casa, seja solidário; Mulheres em defesa da vida”. Desde 2020, o Fórum faz um trabalho de entrega de cestas básicas em comunidades carentes. A ação atua, principalmente, em comunidades carentes com mulheres chefes de família. A primeira fase ocorreu no início da pandemia, motivada pela queda das contribuições e de outras questões. Mas o trabalho é retomado em uma segunda fase, em função de estarmos no pior momento da pandemia.

Na próxima semana ocorrerão entregas de cestas, na segunda-feira (12), na Escola Municipal Professor Augusto Gotardelo, atendendo a população do Caiçaras e Nova Germânia e na terça-feira (13), o ponto de apoio a Escola Estadual Deputado Olavo Costa, no Monte Castelo, para atendimento das famílias do Parque das Águas e Jardim Cachoeira.

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“Por mais que a gente consiga as cestas básicas, elas escoam feito água, muitas das entregas que fizemos, voltamos tristes, porque acabamos entregamos 30 ou 40 cestas, mas não é suficiente, porque a gente não tem mais para doar. É uma listagem indicada pelas direções das escolas. É um buraco, enquanto a gente não conseguir resolver o problema social, o que vai demorar muito tempo”, explica Lucimara Reis, articuladora do Fórum.

Ela também afirma que, além da demanda por alimentação, a falta de informação nas periferias também é algo percebido pelo grupo. Para ela, a falta de uma coordenação central, que faça uma campanha com informações e orientações sobre a Covid-19 dificulta o acesso e impede que as medidas de prevenção sejam adotadas e funcionem.

“Porque a gente percebe que há uma grande desinformação por falta de acesso à informação correta. Muitas mulheres dessas famílias têm muita dificuldade de entender essas informações. É preciso que se explique o que está acontecendo.” Por isso, além das entregas, há uma preocupação em fornecer orientações corretas.

“As pessoas ainda têm pouca informação sobre o perigo da Covid-19, então, as medidas de distanciamento, de lavar as mãos, usar álcool, máscara, estão pouco fixadas na mente das pessoas”, salienta Lucimara. Mas ela também pontua que há a necessidade de cobrança de medidas que deveriam ter sido tomadas pelo Governo Federal para garantir o atendimento da população mais vulnerável.

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Na Sociedade Beneficente Mão Amiga, além da campanha para a doação de cestas básicas para as famílias cadastradas na instituição, foi percebida a necessidade de alimentar as pessoas em situação de rua, que recebem as refeições prontas em marmitas.

“Não atingimos a nossa meta de atender a todas as 250 famílias que estão cadastradas. Pedimos às pessoas que continuem contribuindo, para que possamos atender até a última pessoa. A demanda aumentou muito devido à pandemia”, diz a fundadora e presidente da instituição, Maria Aparecida da Silva. No momento, além do alimento, também são necessários álcool e materiais de limpeza.

Demanda por doação de alimentos

O Grupo Espírita Alfredtz Halzeirening Müller (GEAHM) mantém o Projeto Quintas de Luz, por meio do qual atende famílias em situação de vulnerabilidade com doação de cestas básicas e alimentos de hortifrúti. A frequência das entregas de cesta é mensal e, durante a pandemia, a demanda passou de 110 famílias para 230. No último mês, foram entregues 239 cestas, sendo que, desse total, 45 famílias foram à instituição pela primeira vez. Segundo a vice-presidente do grupo e coordenadora do projeto, Luciana Pacheco, o movimento é o impacto direto da pandemia.

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“São pessoas que perderam o emprego, que trabalhavam como diaristas, por exemplo, e não tiveram como continuar trabalhando, pessoas que perderam o salário e estão carentes mesmo, em vulnerabilidade social”, detalha Luciana. Os alimentos também são a principal demanda do espaço.

O mesmo ocorre no Programa de Atendimento à Pessoas em Vulnerabilidade Social e Situação de Rua (Paavs), que se mobiliza para oferecer refeições diariamente no espaço do Centro de Apoio e Tratamento em Dependência Química (Cat-DQ), diante da percepção de aumento na demanda por alimentação da população mais vulnerável. O projeto arrecada doações para fazer as quentinhas, que devem ser entregues a partir de maio. Para isso, além de alimentos para fazer as marmitas, o espaço também recebe outros itens, como copos, colheres e marmitex descartáveis. “Com esse trabalho, vamos contribuir com essa falta de alimento que ocorre nesse momento. O propósito é atuar na distribuição de alimentos prontos, coordenada com o atendimento da Sopa dos Pobres, pois vamos trabalhar sintonizados.Vai ser mais um ponto para ajudar nessa carência”, diz a coordenadora do Paavs, Vanessa Farnezi.

Veja como ajudar:

“Se puder, fique em casa, seja solidário; Mulheres em defesa da vida. Fase II”
Idealizada pelo 8M/JF – Fórum de Mulheres, Entidades e Coletivos Feministas de Juiz de Fora
A iniciativa recebe doações em dinheiro, para a compra das cestas por meio da conta:
Caixa Econômica Federal
Ag: 3696 Operação: 01
Conta Corrente: 20604-2
Luciane Monteiro Oliveira
As pessoas que preferirem doar as cestas ou os alimentos para a montagem das cestas e também materiais de higiene, podem levar os donativos ao endereço Rua Luiza Colsera, número 18, apartamento 201, Bairro Poço Rico. O contato também pode ser feito por meio das redes do 8M:
Instagram – @8mjuizdefora | Youtube – 8M Juiz de Fora | Facebook – 8MJuizdeForaMG

Grupo Espírita Alfredtz Halzeirening Müller (GEAHM)
O Grupo distribui cestas básicas mensalmente e fornece alimentos de hortifruti todas as quinta-feiras. O Geahm recebe cestas e alimentos e também busca as contribuições em dinheiro, ou de alimentos na casa dos interessados.
Banco do Brasil
Agência: 3016-3
Conta Corrente: 30582-0
O contato pode ser feito pelas redes sociais @geahmjf ou pelos telefones dos coordenadores (32) 98882-2510 (32) 98824-2857

Sociedade Beneficente Mão Amiga
Recebe doação de alimentos e de cestas básicas, entrega mensalmente os donativos a cerca de 250 famílias e também recebe materiais de limpeza e precisa, no momento, de doação de álcool em gel. A entidade também busca as doações.
Banco Itaú
Agência: 3165
Conta: 43114-3
As doações podem ser feitas no endereço da instituição: Avenida Darcy Vargas 87, Bairro Ipiranga.
O contato pode ser feito pelos telefones: (32)3234-7091 e (32)99183-2956 e pelas redes sociais @maoamigajf.

Programa de Atendimento de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade Social e Situação de Rua (PAAVS)
Inicia a entrega de refeições prontas a pessoas em vulnerabilidade social e em situação de rua a partir de maio. No momento, recebe doações de alimentos para a preparação das marmitas e embalagens para a entrega dos alimentos.
O contato pode ser feito na sede do Centro de Apoio e Tratamento em Dependência Química CAT- DQ, na Rua Santo Colsera 42, Centro; por meio dos telefones (32)3236-1160 e (32)99991-2221; ou ainda pelas redes sociais @catdqjf.

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