Geovani Schaeffer, de 25 anos, foi submetido a exame de insanidade mental após ter matado três pessoas e ferido outras nove ao invadir o Torneio Leiteiro de Juiz de Fora, em setembro do ano passado. A tese foi solicitada pela defesa do autor, mas o laudo médico apontou que o motorista não possuía, ou possui, “nenhum adoecimento psíquico”.
Com isso, o motorista está passível de punição. Caso o exame desse resultado positivo, ele seria considerado incapaz de discernir sobre seus atos. No entanto, o laudo médico apontou que no momento do atropelamento que tirou a vida de três pessoas – sendo uma delas uma criança de 3 anos – e feriu outras nove, não havia nada que reduzisse o entendimento de Geovani de estar praticando um crime.
Habeas corpus negado
Geovani foi preso em flagrante no dia do crime e segue no presídio de Eugenópolis desde então, há mais de nove meses. A defesa solicitou pedido de habeas corpus para que ele respondesse em liberdade, alegando um excesso de prazo sem previsão de quando será realizada a audiência preliminar. A Justiça, no entanto, no dia 26 de junho negou o pedido, dizendo que, devido à complexidade do caso, a demora é justificável. O caso agora deve ir a júri.
Relembre o caso no torneio leiteiro
Na madrugada de 9 de setembro, o jovem avançou com o veículo em direção à multidão que participava do Torneio Leiteiro. Foram atropelados seis homens, com idades entre 24 e 43 anos, e cinco mulheres, com idades entre 18 e 58 anos, além de uma criança de 3 anos. Das 12 vítimas do atropelamento durante o Torneio Leiteiro, três morreram.
A primeira vítima fatal foi uma mulher de 56 anos, que morreu no local em que a ocorrência foi registrada. Dois dias depois, a criança de 3 anos também faleceu. No momento do atropelamento, ela estava no colo da mulher, de 56 anos, que era amiga da mãe da menina.
Já no início de outubro, outra mulher, de 58 anos, veio a óbito. O estado dela era considerado grave desde o episódio.